O CEO da Nvidia, Jensen Huang, observou recentemente que os fabricantes chineses fizeram progressos significativos na produção de chips — em sua opinião, a China está agora “nanossegundos atrás” dos EUA. Enquanto a participação da Nvidia no mercado chinês era de 95% há quatro anos, agora caiu para 50%. Além da Huawei, Moore Threads, MetaX e Cambricon também contribuíram para esse declínio, de acordo com analistas da TrendForce.
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Em termos de tipo de chip, a Moore Threads é a mais próxima da Nvidia. A Cambricon e a Huawei HiSilicon são especializadas em arquiteturas ASIC, enquanto a Moore Threads, como ela própria admite, é a única empresa chinesa atualmente produzindo em massa GPUs completas. Até o momento, lançou quatro gerações: Sudi (2021), Chunxiao (2022), Quyuan (2023) e Pinghu (2024). As duas primeiras gerações de placas de vídeo foram destinadas a desktops de consumo e sistemas profissionais, enquanto Quyuan e Pinghu também suportam algoritmos de IA.
O fundador e CEO da Moore Threads, James Zhang Jianzhong, trabalhou na Nvidia por 14 anos, chegando ao cargo de vice-presidente e gerente geral da subsidiária chinesa da empresa antes de sair em 2020 para fundar a Moore Threads. No final de setembro, a empresa de Jianzhong recebeu aprovação da Bolsa de Valores de Xangai para uma oferta pública inicial (IPO) — uma das melhores IPOs da história, concluída em 88 dias. A Moore Threads pretende levantar 8 bilhões de yuans (US$ 1,12 bilhão) para acelerar a produção em larga escala.
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A MetaX também está se preparando para abrir o capital. Enquanto a Moore Threads emprega muitos ex-alunos da Nvidia, a MetaX tem origem na AMD. O fundador da empresa chinesa, Chen Weiliang, ingressou na AMD Xangai como diretor sênior em 2007 e saiu em 2020 para fundar sua própria startup. Os dois CTOs da MetaX, Peng Li e Yang Jian, também vêm da AMD. Em 2024, a principal fonte de receita da empresa eram aceleradores para treinamento e inferência de IA: as placas de GPU representaram 68,99% da receita total, enquanto os servidores, 28,29%. No primeiro trimestre de 2025, as GPUs desta série representaram 97,55% das vendas totais. Nem a MetaX nem a Moore Threads alcançaram lucratividade até o momento, mas ambas estão confiantes de que podem levantar capital com base no forte crescimento da receita em 2024 e na crescente aceitação no mercado de hardware de computação de IA.
Em setembro, a Cambricon recebeu aprovação para uma rodada de financiamento privado de 3,99 bilhões de yuans (US$ 559,6 milhões) para financiar projetos de desenvolvimento de chips e software de IA. Até o final de 2025, a empresa espera um crescimento de receita entre 317% e 483%, ou entre 5 bilhões e 7 bilhões de yuans. A empresa enfatiza que essa previsão é preliminar e não um compromisso definitivo. O lucro líquido do primeiro semestre de 2025 foi de 1 bilhão de yuans (US$ 140,4 milhões), em comparação com um prejuízo de 530 milhões de yuans (US$ 74,1 milhões) no mesmo período do ano passado.
Ao contrário da Moore Threads e da MetaX, a Cambricon não conta com os recursos humanos da Nvidia e da AMD.A Cambricon foi fundada em 2016 pelos irmãos Chen Yunji e Chen Tianshi. O novo carro-chefe, o Siyuan 690, deve oferecer melhor desempenho.Comparável ao acelerador Nvidia H100. Seu antecessor, o Siyuan 590, lançado em 2023, é fabricado usando um processo de 7 nm e oferece 80% do desempenho do Nvidia A100. Do trio, a Cambricon tem a maior receita; a Moore Threads ficou atrás da MetaX, mas avançou no primeiro semestre de 2025. Em meio às restrições aos produtos Nvidia na China, todos os três fabricantes estão apresentando um crescimento explosivo na receita: no primeiro semestre de 2025, eles faturaram mais do que nos três anos anteriores combinados. No entanto, a participação de mercado da Nvidia permanece maior que a da MetaX.