Historicamente, as placas gráficas topo de linha da Nvidia para jogos têm sido usadas para outros fins, sendo procuradas por mineradores de criptomoedas e, posteriormente, por desenvolvedores chineses de IA para compensar a falta de acesso a aceleradores profissionais. Segundo algumas fontes, a GeForce RTX 5090 é muito procurada na China nesse contexto.
Fonte da imagem: Nvidia
O ComputerBase.de lembra que a placa de vídeo GeForce RTX 5090 original, com 32 GB de memória GDDR7, está proibida de ser enviada para a China. A GeForce RTX 5090D, que possui apenas 24 GB de memória GDDR7, foi desenvolvida especificamente para o mercado local. Mesmo essa placa de vídeo foi enviada para a China por um período limitado, já que os EUA posteriormente impuseram restrições adicionais à largura de banda da memória, e a Nvidia modificou a GeForce RTX 5090D de acordo. Foi somente em meados do ano que a postura dos EUA em relação às sanções tecnológicas contra a China começou a se flexibilizar, e a empresa foi autorizada a enviar a GeForce RTX 5090D original, que ainda contava com apenas 24 GB de memória.
Essa quantidade de memória pode ter sido insuficiente para os desenvolvedores chineses que dependem do poder de processamento da GeForce RTX 5090, e, portanto, quantidades significativas dessas placas de vídeo com “especificações ocidentais” continuam sendo enviadas para a China por canais clandestinos. Pelo menos, o site alemão ComputerBase.de cita imagens de um tópico relevante do Reddit mostrando várias caixas de placas GeForce RTX 5090. Este não é o primeiro caso de contrabando desse tipo; anteriormente, placas de vídeo semelhantes da MSI foram vistas na China, e agora há relatos de produtos da PNY e da Zotac. Os consumidores chineses estão dispostos a pagar até € 5.000 por placa, o que, considerando o preço de varejo recomendado de cerca de € 2.000, combinado com a alta demanda, cria um ambiente de mercado desafiador para os consumidores privados.
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