A Microsoft afirmou que a grande maioria do tempo gasto por usuários em dispositivos Windows com arquitetura ARM é gasto usando aplicativos nativos. A empresa apresentou esses dados como evidência da maturidade do ecossistema e da redução da dependência da emulação de aplicativos x86/x64. No entanto, a metodologia de coleta de dados divulgada na documentação levantou dúvidas entre os especialistas devido à sua seletividade, já que os dados não incluem cenários de jogos — um dos principais desafios da plataforma.

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Uma publicação no blog oficial de desenvolvedores do Windows afirma que as versões nativas de aplicativos para ARM representam 90% do tempo total de uso. A publicação esclarece que a amostra foi limitada a sete países — EUA, Reino Unido, Canadá, França, Austrália, Alemanha e Japão — e que os dados foram coletados a partir de fevereiro de 2025 e incluíram apenas dispositivos com gráficos integrados, como laptops e 2 em 1s com Windows 10 e Windows 11.
O principal problema com os dados é que o tempo gasto jogando não foi incluído no cálculo. Especialistas acreditam que excluir jogos da amostra é fundamental, já que o desempenho em jogos continua sendo um ponto fraco dos dispositivos Windows com ARM, apesar dos esforços da Microsoft para integrar as plataformas Xbox e Windows. Os aplicativos de jogos ainda dependem fortemente da emulação, o que afeta o desempenho e a compatibilidade. Portanto, como escreve a PCWorld, isso torna a declaração da empresa tendenciosa, já que jogar é uma parte significativa da experiência do usuário de PC.
No entanto, o progresso no suporte para aplicações empresariais e industriais, bem como a compatibilidade aprimorada com soluções VPN, são notados, tornando os dispositivos baseados no Qualcomm Snapdragon atraentes para o segmento profissional.
