O caranguejo conhecido como toupeira do mar (Emerita analoga) que vive na costa do Pacífico da América, com a ajuda de seus membros flexíveis, é excelente em escavar a areia. Inspirados por esse recurso, cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley construíram seu tipo de analógico robótico EMBUR (EMerita BUrowing Robot – “Robô de escavação Emerita”).
Um caranguejo real tem dez patas, enquanto sua contraparte robótica tem apenas quatro, e seu design é bastante simples: uma haste de metal retrátil ao longo da qual uma tira de tecido é fixada. Uma vez em um ambiente solto, o EMBUR começa a descer. À medida que se move para fora, a perna do robô se alonga e puxa o tecido, que funciona como um balde, pegando areia e se movendo por ela. Quando a perna se retrai e encurta, o tecido cede e se move livremente pela areia sem recolhê-la. Ao repetir rapidamente esses movimentos, o EMBUR cava rapidamente no solo e todas as juntas são cobertas com uma membrana de borracha, que protege a estrutura da entrada de areia.
Agora, os autores do projeto estão se preparando para adaptar a máquina para trabalhar em condições reais, para que um dia o EMBUR possa ser usado para avaliar a composição do solo na agricultura e em canteiros de obras, coletar dados científicos no fundo do oceano ou até mesmo como âncora em uma embarcação marítima. Além disso, os cientistas observam que o projeto é parcialmente financiado pela NASA – essa máquina é útil, por exemplo, para estudar o solo lunar nos casos em que uma escavadeira clássica não está disponível.