A pandemia levou alguns conglomerados industriais a considerar a expansão da tecnologia de defesa no setor civil. Um exemplo é a empresa japonesa Mitsubishi Heavy Industries, que pretende oferecer aos clientes civis tecnologia para controlar veículos aéreos não tripulados a uma distância de até 1000 km do ponto de controle.
Tecnologia semelhante já oferecida por uma empresa do setor de defesa, permite controlar um grupo de dezenas de veículos aéreos não tripulados localizados a uma distância de até 1000 km do operador. A maioria dos drones civis modernos, neste sentido, não pode se mover mais do que alguns quilômetros do operador. A Mitsubishi oferecerá sua solução de “conversão” até março de 2022, podendo ser utilizada para coleta de dados meteorológicos, alerta sobre desastres naturais e manutenção de infraestrutura de engenharia remota.
Para uma nação insular como o Japão, a disponibilidade dessas tecnologias de sensoriamento remoto oferece grandes oportunidades. A tecnologia da Mitsubishi, em particular, permitirá que drones sejam operados a partir de Tóquio, na região das ilhas mais ao sul do arquipélago. A comunicação de canal seguro será combinada em drones especializados com resistência a rajadas de vento de até 30 metros por segundo.
Em 2026, os clientes civis receberão tecnologias para analisar dados coletados por veículos aéreos não tripulados; os resultados das imagens de satélite de objetos terão um papel de apoio. No total, a Mitsubishi espera aumentar a receita de suas estruturas civis em 5,7 milhões, adaptando tecnologias antes usadas apenas no setor de defesa. Segundo a direção da empresa, isso vai compensar a queda de receita causada pela pandemia.