Falta menos de um mês para a reunião de acionistas da Toshiba, que decidirá o futuro da corporação. Prevê-se que a reestruturação permita dividir a Toshiba em duas empresas e melhorá-la do ponto de vista financeiro. Ao mesmo tempo, a ideia de privatização ainda tem muitos adeptos, mas a direção da Toshiba está tentando convencê-los.
De qualquer forma, em entrevista à Bloomberg News, o CEO Satoshi Tsunakawa disse que a administração da Toshiba não descarta completamente a ideia de privatização e a considerará se necessário, mas essa escolha é repleta de pelo menos cinco riscos. Seria impossível ignorá-los, acrescentou.
Primeiro, uma empresa privada da Toshiba perderia muitos clientes estaduais e municipais, e isso prejudicaria importantes fluxos financeiros. Em segundo lugar, na condição de empresa privada, teria que vender ativos relacionados à energia nuclear e tecnologias de defesa. No futuro, a corporação gostaria de contar com eles em termos de perspectivas de crescimento dos negócios. Por outro lado, se os fundos de investimento da Toshiba tivessem usado fundos emprestados para comprar a Toshiba, a necessidade adicional de otimização de custos poderia cortar o financiamento de pesquisa e desenvolvimento, como teme a administração da corporação.
Em geral, o próprio processo de privatização se alongaria no tempo, o que também não beneficiaria a empresa. E, acima de tudo, prejudicaria a equipe da Toshiba, que começaria a procurar outros lugares para trabalhar. De acordo com dados não oficiais, um dos maiores investidores da Toshiba está resistindo ao plano de reestruturação, então o resultado da votação de março não é tão claro. Se uma decisão positiva sobre a reestruturação for tomada, a corporação começará a implementá-la não antes de junho do próximo ano. A administração da Toshiba expressa confiança de que a divisão do negócio em duas empresas beneficiará os acionistas, instando-os a votar a favor de tal cenário.