A maior fabricante mundial de eletrônicos terceirizados, a Foxconn, está otimista em relação a 2025, prevendo forte crescimento da receita no primeiro trimestre, apesar de um declínio inesperado de 13% no lucro no quarto trimestre de 2024 devido à difícil situação relacionada às guerras comerciais.

Fonte da imagem: honhai.com

A Foxconn, que fabrica os iPhones da Apple e os servidores de inteligência artificial (IA) da Nvidia, entre outros eletrônicos, relatou uma queda de 13% no lucro líquido de outubro a dezembro, para 46,33 bilhões de dólares taiwaneses (US$ 1,41 bilhão). No entanto, esse número, como observa a Reuters, foi menor do que a previsão média de 15 analistas líderes pesquisados ​​pela LSEG, que era de 54,4 bilhões de dólares taiwaneses (US$ 1,64 bilhão).

Esta é a primeira queda nos lucros da Foxconn desde o segundo trimestre de 2023, quando a empresa registrou uma queda de 0,9%. A Foxconn não fez mais comentários sobre o assunto, mas fornecerá informações sobre os lucros em um próximo relatório ainda hoje.

As perspectivas da Foxconn são complicadas pelas tensões comerciais globais. A empresa possui grandes unidades de produção na China e no México, países que são os maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos. No entanto, os aumentos de tarifas do governo do presidente Donald Trump podem prejudicar os negócios.

Apesar dos desafios, a Apple anunciou no mês passado uma parceria com a Foxconn para construir uma fábrica de 23.600 metros quadrados em Houston, Texas, que criará servidores para data centers que dão suporte ao Apple Intelligence. No entanto, as ações da Foxconn já caíram 8,7% desde o início do ano, devido às preocupações dos investidores sobre o impacto das tarifas e da política comercial dos EUA.

Ao mesmo tempo, a forte demanda por servidores de inteligência artificial deve compensar as vendas lentas do iPhone neste ano, disse o analista da Bloomberg Intelligence, Steven Tseng. “Esperamos que o hardware em nuvem seja responsável por mais de 40% da receita da Foxconn este ano, ante 30% em 2024, enquanto os eletrônicos de consumo inteligentes, que consistem principalmente em vendas de iPhone, cairão para menos de 40%, de 46% em 2024”, observa o especialista.

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