As maiores empresas de tecnologia do mundo, as Silicon Six, pagaram quase US$ 278 bilhões a menos em impostos na última década do que pagariam se tivessem explorado brechas fiscais. Isso é afirmado em um novo relatório da organização sem fins lucrativos britânica Fair Tax Foundation (FTF), que mais uma vez levantou a questão da justiça fiscal na era digital.
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A análise da FTF descobriu que o Silicon Six, que inclui Amazon, Apple, Alphabet, Meta✴, Microsoft e Netflix, obteve US$ 11 trilhões em receita e US$ 2,5 trilhões em lucro ao longo de 10 anos. No entanto, como escreve o TechSpot, sua taxa média efetiva de imposto foi de apenas 18,8%, o que é significativamente menor do que a média dos EUA (29,7%) e a média mundial (27%).
Se excluirmos os pagamentos únicos relacionados à repatriação de lucros, a taxa de imposto efetiva (efetivamente paga) acabou sendo ainda menor: apenas 16,1%. Além disso, as empresas exageraram seus pagamentos de impostos em US$ 82 bilhões ao relatar as chamadas reservas fiscais — valores reservados para possíveis pagamentos futuros que provavelmente nunca serão feitos.
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De acordo com o chefe da Fair Tax Foundation, Paul Monaghan, a evasão fiscal se tornou parte integrante dos modelos de negócios de grandes corporações. “A otimização tributária, que consiste essencialmente em formas legais de minimizar as obrigações tributárias, está incorporada em suas estratégias”, disse ele. Além disso, o relatório mostra que os gigantes da tecnologia estão usando ativamente jurisdições de baixa tributação e os incentivos fiscais FDII (Renda Intangível Derivada de Estrangeiro) dos EUA. O mecanismo FDII permite que as empresas paguem apenas 13,125% de imposto sobre a parcela dos lucros estrangeiros relacionada à propriedade intelectual, o que é significativamente menor do que a taxa padrão de imposto corporativo.
Somente em 2024, o FDII economizou US$ 12 bilhões para os “seis” e, ao longo de três anos, US$ 30 bilhões. Para Meta✴, Alphabet e Netflix, esse benefício reduziu a carga tributária em cinco pontos percentuais. As empresas com as menores taxas de impostos incluem Netflix (14,7%), Meta✴ (15,4%) e Apple (18,4%). A FTF classifica a Amazon como a pior contribuinte, apesar de sua taxa média ser de 19,6%. Ao mesmo tempo, a Microsoft se tornou líder em pagamentos de impostos com uma taxa de 20,4%.
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O FTF também chama a atenção para a lacuna entre os pagamentos reais de impostos e o que é refletido nas demonstrações financeiras. Ao longo de 10 anos, a diferença entre os impostos declarados e os efetivamente pagos atingiu US$ 277,8 bilhões, e o volume de “posições fiscais incertas” — ou seja, reivindicações contestadas por deduções fiscais — mais que triplicou, chegando a US$ 82,5 bilhões.
As empresas responderam às críticas dizendo que cumprem todas as leis locais. Representantes da Amazon enfatizaram que a baixa taxa de imposto se deve aos grandes investimentos e às pequenas margens de lucro. Por sua vez, a Meta✴ e a Netflix declararam que seguem rigorosamente as regulamentações fiscais de cada país onde operam.
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