No segundo dia útil, a nova Comissão Europeia decidiu conceder subsídios aos produtores locais nas áreas de energia livre de carbono, veículos elétricos e combustível de hidrogénio. Um total de 4,6 mil milhões de euros será atribuído a estas três áreas. A necessidade destes fundos não surgiu hoje e agora já é uma tábua de salvação – uma medida urgente para apoiar os esforços empresariais na Europa. Mas quantas empresas conseguirão viver para ver um final feliz?

Fonte da imagem: Northvolt

De acordo com as regras anunciadas, os requerentes do subsídio devem apresentar as candidaturas até 24 de abril de 2025. Após receberem a bolsa, eles deverão assinar um acordo até o primeiro trimestre de 2026. A auditoria das candidaturas e a avaliação das fases de implementação das subvenções serão realizadas pelo departamento competente do Banco Europeu de Investimento, que se tornará a principal fonte de financiamento.

Serão atribuídos mil milhões de euros ao desenvolvimento da produção de baterias na Europa para reduzir a dependência de um “fornecedor único” (leia-se: China). Vale ressaltar que esse é exatamente o valor necessário para salvar rapidamente a empresa sueca Northvolt da falência.

No mês passado, a Northvolt, que personificava o sonho verde da UE, encontrou-se numa crise profunda. A empresa continua a ser o único fabricante europeu de baterias de tração para veículos elétricos, mas já declarou falência e solicitou a reestruturação até ao final de 2024. Para continuar as operações, levando em conta uma redução de 20% no quadro de pessoal em todas as filiais estrangeiras da empresa, é necessário encontrar pelo menos US$ 1 bilhão em dinheiro.

No entanto, é improvável que a Northvolt consiga receber o montante total necessário ao abrigo do programa de subsídios recentemente anunciado. Muito provavelmente, o seu apoio só será possível após a conclusão da reestruturação da dívida. Mas a Northvolt não é a única empresa em apuros na UE. A Automative Cells, apoiada pela Stellantis, já suspendeu a construção de fábricas na Alemanha e Itália. A Volkswagen também reduziu os planos de construir fábricas de baterias na Europa e na América do Norte. Todas essas empresas também necessitam de subsídios para continuar operando normalmente.

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