Um assinante da HBO Max entrou com uma ação judicial contra a Netflix, expressando preocupação de que a fusão da gigante do streaming com a Warner Bros. Discovery (WBD) criará um ambiente anticompetitivo na indústria do entretenimento e levará a preços de assinatura mais altos.

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Na semana passada, foi anunciado que a Netflix pretende adquirir os negócios de cinema e televisão da WBD, incluindo o estúdio de cinema HBO e a plataforma de streaming HBO Max, por US$ 27,75 por ação, ou US$ 72 bilhões. A empresa também concordou em assumir mais de US$ 10 bilhões em dívidas da WBD, elevando o valor total do negócio para US$ 82,7 bilhões. Caso o negócio seja concretizado, argumenta a autora da ação judicial, Michelle Fendelander, a concorrência no mercado de streaming por assinatura diminuirá, e ela busca uma liminar para impedir a fusão ou medidas para mitigar os efeitos anticompetitivos do acordo.
A Netflix é considerada há muito tempo o maior serviço de streaming, tendo entrado no mercado antes de seus concorrentes e conquistado assinantes por meio de um forte sistema de recomendações. Ao adquirir os ativos da WBD, a empresa passará a deter um grande número de franquias e personagens, incluindo o universo de Game of Thrones, Batman e Harry Potter. A Netflix prometeu honrar as obrigações de lançamento nos cinemas da WBD, mas a autora da ação teme que a redução da concorrência diminua o volume e a qualidade do conteúdo disponível, dificultando a vida dos profissionais criativos.
A Netflix afirma que, pelo contrário, a escolha do consumidor aumentará, oferecendo mais oportunidades aos cineastas. Mesmo que a empresa se funda com a WBD, os americanos passarão ainda mais tempo no YouTube — inclusive em suas televisões. Enquanto isso, a Paramount abordou diretamente os acionistas da WBD e ofereceu-lhes um preço mais vantajoso de US$ 108 bilhões.
