Os países da UE irão adiar a implementação da tarefa fundamental de finalizar o novo quadro legislativo para regulamentar as plataformas tecnológicas da próxima primavera para uma data posterior. Ao mesmo tempo, as autoridades vão aprovar seu texto “o mais rápido possível”, diz um documento publicado às vésperas de um encontro de líderes de países europeus no marco de uma cúpula de dois dias.
Fonte: bloomberg.com
No ano passado, a Comissão Europeia publicou dois projetos de lei: o Digital Markets Act e o Digital Services Act. Ambos os documentos, que visam limitar as atividades dos gigantes globais da tecnologia, estão sendo ativamente discutidos tanto no nível de cada país como no nível de toda a União Europeia. A Comissão estabeleceu um objetivo claro – chegar a um acordo entre os Estados-Membros e o Parlamento Europeu já no próximo ano.
Em setembro, presumia-se que os países da UE iriam assinar o acordo correspondente até a primavera de 2022, porém, em um projeto de comunicado posterior, esse objetivo não era mais formulado de forma tão rígida. A Lei dos Mercados Digitais visa coibir práticas anticompetitivas e a Lei dos Serviços Digitais visa regulamentar o conteúdo online. A entrada em vigor de ambos os documentos pode afetar o trabalho da Apple, Alphabet e Amazon.
Além disso, a proposta de endurecimento da legislação sobre o número crescente de ataques cibernéticos faz parte da estratégia de “um forte compromisso da UE em seguir um curso democrático online e offline”. Os países também apoiaram os planos para combater a escassez de chips, que começará a ser implementada no segundo trimestre de 2022. Finalmente, outro assunto importante na agenda é “comunicações espaciais seguras”, embora alguns funcionários tenham expressado confiança de que é muito cedo para falar sobre um projeto tão caro.
