Na China, novas regras serão adotadas em breve, segundo as quais as empresas que processam grandes quantidades de dados pessoais serão privadas da oportunidade de colocar ações nos Estados Unidos. Outros jogadores precisarão obter uma licença especial antes do IPO.
De acordo com fontes do Wall Street Journal, nas últimas semanas, representantes da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC) comunicaram às empresas locais e investidores internacionais que, de acordo com as novas regras, as empresas em posse de certas quantidades de dados pessoais não serão capaz de conduzir IPO no exterior. Este regulamento destina-se principalmente a jogadores que pretendem participar de listagens estrangeiras por meio de subsidiárias registradas em outros países.
As empresas que lidam com dados menos importantes têm maior probabilidade de receber licenças para IPOs estrangeiros. Por exemplo, podem ser participantes do setor farmacêutico. As novas regras ajudarão Pequim a aumentar o controle sobre as complexas estruturas corporativas que os gigantes da tecnologia locais são forçados a construir para contornar as restrições à atração de investimentos estrangeiros. Os líderes chineses priorizam as áreas de Internet, telecomunicações e educação por razões políticas ou de segurança nacional.
Os gigantes chineses da tecnologia, incluindo Alibaba, Didi e Tencent, estão de fato criando estruturas corporativas conhecidas como Entidades de Interesse Variável (VIEs) para atrair capital estrangeiro ou entrar em bolsas estrangeiras.
Sob essas novas regras, um mecanismo será criado na China para exigir que as organizações obtenham aprovação formal antes de IPOs no exterior. Esta questão será tratada por uma comissão especialmente criada de representantes de vários ministérios, cuja composição será aprovada nos próximos meses. Atualmente, as empresas com estruturas VIE não são obrigadas a notificar o CSRC de suas intenções de colocar ativos em mercados de títulos estrangeiros.
As novas regras ainda não foram finalizadas. A agência planeja dar a eles efeito legal durante o quarto trimestre, então algumas empresas, de acordo com fontes do Wall Street Journal, pediram para suspender os planos de oferecer ações publicamente no exterior até então.
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