Ryan Salame, um ex-alto executivo da falida exchange de criptomoedas FTX, foi condenado à prisão por desvio de fundos de clientes e doações políticas ilegais. Apesar das tentativas de cooperação com a investigação, o tribunal condenou-o a 7,5 anos de prisão.
Ryan Salame, 30 anos, trabalha na FTX desde 2019, quando conheceu o fundador da empresa, Sam Bankman-Fried, em uma conferência sobre blockchain. Ele inicialmente ingressou no fundo Alameda Research, afiliado à FTX, e depois foi promovido a um cargo executivo, supervisionando a mudança da sede da empresa de Hong Kong para as Bahamas em 2021.
Segundo a Bloomberg, após registrar a FTX nas Bahamas, Salame tornou-se o executivo-chefe da divisão local da FTX Digital Markets e coordenou a interação com o governo daquela região. Ele esteve ativamente envolvido no gasto de fundos de clientes da FTX na compra de imóveis de luxo e em doações políticas ilegais a partidos norte-americanos. De acordo com os pedidos de falência da FTX, a equipe da exchange gastou US$ 255 milhões em dezenas de vilas, apartamentos e terrenos nas Bahamas. A compra mais cara foi uma cobertura de US$ 30 milhões, que foi usada como escritório da FTX.
Salameh se declarou culpado de acusações de fraude e doações ilegais. Embora os procuradores tenham pedido a sua condenação a 5 a 7 anos de prisão, o tribunal impôs uma pena de 7,5 anos de prisão. Ao mesmo tempo, a defesa afirma que Salame foi o primeiro a informar as autoridades das Bahamas sobre uma possível fraude financeira na FTX antes mesmo da empresa falir. Ele também entregou aos investigadores mais de 595.000 páginas de documentação interna que foi usada para incriminar o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried.
Lembre-se que Bankman-Fried foi condenado a 25 anos de prisão por fraude em grande escala, roubo de fundos de clientes da FTX e ocultação de provas. Seus assessores mais próximos, Caroline Ellison, Nishad Singh e Gary Wang, também admitiram sua culpa e aguardam punição.
Assim, a falida exchange de criptomoedas FTX continua a trazer sérias consequências jurídicas para sua gestão. Embora Salame tenha tentado cooperar com a investigação, o tribunal ainda o condenou a uma longa pena de prisão pela sua participação nas atividades criminosas organizadas da empresa.
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