No ano passado, a juíza distrital dos EUA, Yvonne Gonzalez Rogers, anulou sua decisão de classificar como ação coletiva um processo que acusava a Apple de monopolizar o mercado de aplicativos para iPhone. Agora, o caso pode ser reaberto, segundo a Reuters.

Em 2022, após sobreviver a uma série de moções, apelações e consolidações de queixas antitruste, o caso da Apple chegou à juíza distrital dos EUA, Yvonne Gonzalez Rogers, que na época se recusou a classificá-lo como uma ação coletiva. Dois anos depois, ela reverteu essa decisão e permitiu que o caso prosseguisse, limitando os demandantes a titulares de contas da Apple que gastaram US$ 10 ou mais em aplicativos ou conteúdo dentro de aplicativos.

Em outubro passado, a Apple contestou o cálculo de indenização proposto pelos demandantes. A juíza Gonzalez-Rogers reverteu novamente sua própria decisão e revogou o status de ação coletiva dos autores, que, em sua opinião, não haviam proposto um método “capaz de demonstrar de forma confiável os danos e prejuízos sofridos por todos os membros da classe, utilizando uma metodologia uniforme”. Em resposta, os representantes dos autores declararam que reconsiderariam seus próximos passos e, logo em seguida, entraram com um pedido de autorização para apelação, que já foi julgado.

O Tribunal de Apelações do Nono Circuito dos EUA concedeu o pedido de autorização para apelação dos autores. Na prática, isso significa que o tribunal revisará a decisão da juíza Gonzalez-Rogers de revogar o status de ação coletiva. O resultado será a reintegração do status de ação coletiva, o retorno do caso à própria juíza Gonzalez-Rogers para um novo julgamento ou a manutenção de sua decisão.O tribunal de apelações analisará apenas a decisão de classificar o processo como uma ação coletiva; não examinará o mérito das alegações antitruste contra a Apple. Os autores da ação têm agora 14 dias para apresentar formalmente seus documentos. O advogado dos autores, Mark Rifkin, disse à Reuters que eles “aguardam com expectativa a apresentação e os argumentos sobre o mérito de seu recurso perante o Nono Circuito”. A Apple não se manifestou imediatamente.

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