No final de dezembro, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, apresentou uma petição ao Supremo Tribunal, pedindo o adiamento da apreciação do caso sobre a proibição das atividades da rede social TikTok nos Estados Unidos. O Departamento de Justiça disse esta semana que não via sentido em tal atraso e está pedindo uma revisão do caso antes que Trump tome posse.

Fonte da imagem: Unsplash, Solen Feyissa

A audiência está prevista para 10 de janeiro e, caso a empresa chinesa ByteDance não concorde em vender os ativos da rede social TikTok que possui nos Estados Unidos, as atividades desta última serão proibidas no país a partir de janeiro. 19, um dia antes da posse do presidente eleito dos EUA. Segundo representantes do Ministério da Justiça, o TikTok não demonstrou às autoridades do país quaisquer argumentos que lhe permitissem contar com a vitória neste caso e, portanto, não faz sentido pausar o processo. As declarações de Donald Trump também não conseguiram convencer o departamento. Com tais declarações, o Ministério recomenda que a Suprema Corte não atenda ao pedido de Trump de mais tempo para considerar o caso.

Representantes do TikTok exigem que a lei que proíbe as atividades da rede social nos Estados Unidos seja declarada inconstitucional, ou que seja dado mais tempo às autoridades judiciais americanas para considerar este caso. Segundo representantes do TikTok, o precedente destaca a ameaça à liberdade de expressão nos Estados Unidos. As autoridades do país, ao proibirem as atividades da plataforma na qual 170 milhões de americanos expressam suas opiniões, segundo representantes do TikTok, estão simplesmente fazendo isso pela incapacidade do Congresso de influenciar as informações publicadas pelos cidadãos nas páginas da rede social.

O governo dos EUA continua a insistir que a rede social controlada pela China TikTok é capaz não só de influenciar ideologicamente os cidadãos do país, mas também de recolher informações sensíveis sobre eles. Os poderes legislativo e executivo do governo dos EUA, segundo representantes do Departamento de Justiça, concordam que o controle chinês do TikTok representa uma ameaça significativa à segurança nacional dos EUA. Se os negócios americanos da TikTok forem vendidos para outra empresa, a liberdade de expressão na plataforma será preservada, segundo o departamento. Um tribunal federal de recurso dos EUA manteve a lei no mês passado, afirmando que o Congresso e o presidente têm poderes de segurança nacional suficientes para tomar as decisões.

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