O anúncio de Elon Musk de sua intenção de recomprar ações do Twitter por US$ 54,20 por ação desencadeou uma reunião do conselho de administração da empresa e uma reunião subsequente entre a administração e os funcionários. Ao nível dos rumores, foram discutidas várias reações, mas oficialmente, a gestão do Twitter só podia afirmar que ainda não tinha tomado nenhuma decisão. Mas entre os principais acionistas do Twitter, os opositores do acordo nos termos atuais já apareceram.
O príncipe saudita Al-Waleed bin Talal Al Saud, por exemplo, se manifestou contra a venda de suas ações do Twitter pelo preço proposto por Musk. Segundo este investidor, este preço não reflete o valor dos ativos do Twitter e as perspetivas que a empresa tem. O próprio Elon Musk em um dos eventos de ontem disse que gostaria de manter o número máximo de acionistas após transformar o Twitter em uma empresa privada, mas as regras existentes impõem algumas restrições a esse parâmetro. O valor base de 2.000 acionistas pode ser reduzido para 500 se for considerada a influência de grandes fundos de investimento.
Alguns investidores acreditam que não há força consolidada entre os acionistas do Twitter que possa resistir à proposta de Musk. O conselho de administração de uma empresa, por outro lado, não pode representar os interesses de todos os acionistas, de modo que o processo de acordo sobre um acordo pode ser difícil. O bilionário Mark Cuban acredita que, se Musk não comprar o Twitter por US$ 43 bilhões, uma das grandes corporações americanas do setor de tecnologia poderá tentar a sorte com uma iniciativa semelhante.