O Facebook está fazendo o possível para compensar os danos à reputação causados por um discurso da ex-funcionária Frances Haugen diante de senadores americanos – revelou o histórico das atividades das redes sociais. O vice-presidente da empresa, Nick Clegg, já prometeu implementar um novo recurso no Instagram – ajudará os usuários a manter a saúde mental.
Segundo relatos, a função vai de alguma forma “encorajar” os adolescentes a fazerem pausas enquanto usam a rede social Instagram. Não faz muito tempo, surgiram informações de que a rede afeta negativamente a fragilidade psíquica dos jovens, principalmente dos menores. Como exatamente essa funcionalidade será implementada e quando a função começará a ser implementada, não há dados exatos ainda.
Um porta-voz do Facebook também disse que o Instagram “manterá longe” os adolescentes de conteúdo que poderia “não contribuir para seu bem-estar”. Ele não divulgou os detalhes do novo projeto, mas reconheceu que os algoritmos do Facebook devem ser monitorados, até a adoção das leis necessárias – para garantir que os resultados reais do trabalho correspondam às intenções declaradas.
Novos métodos podem ajudar a lidar com os problemas recentemente identificados por Hagen. Ela afirmou que o Facebook estava ciente da capacidade de destruição de seus algoritmos, que fornecem às crianças materiais que podem prejudicar sua psique e remover apenas uma fração das declarações negativas potencialmente traumáticas. Além disso, um ex-funcionário do Facebook acredita que o Congresso dos EUA deve revisar o chamado. Communications Decency Act – lei segundo a qual o Facebook e recursos semelhantes praticamente não são responsáveis pelo conteúdo postado pelos usuários, e a rede social deve agregar mecanismos para reduzir a “viralidade” do conteúdo e fazer com que os usuários pensem antes de compartilhar as postagens.
Mesmo as novas medidas propostas pelo Facebook podem não satisfazer os críticos da empresa. As restrições podem reduzir a disponibilidade de conteúdo malicioso, mas não se fala em remover esse conteúdo em si. Além disso, o discurso de Clegg acolhe com agrado a regulamentação legislativa das atividades nas redes sociais, mas apenas na medida em que não contraria os planos do próprio Facebook.