A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas mencionou oficialmente a inteligência artificial em suas regras de seleção do Oscar pela primeira vez. Com as novas mudanças, o uso de IA não afetará automaticamente as chances de um filme ganhar o prêmio, mas o júri levará em consideração o quão fundamental foi a contribuição humana para a criação do filme.

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A Academia afirmou em um comunicado: “A IA generativa e outras ferramentas digitais não aumentam ou diminuem, por si só, a probabilidade de uma indicação. O que é decisivo é a contribuição que uma pessoa dá ao processo criativo.” De acordo com o The Verge, uma opção mais rigorosa foi inicialmente considerada, que exigiria a divulgação obrigatória do fato de que IA foi usada na criação do filme. Contudo, no final, a Academia limitou-se a uma formulação geral, reservando-se o direito de avaliar o papel da participação humana. Esta decisão foi uma resposta às greves do ano passado de roteiristas e atores que protestaram contra a introdução descontrolada de tecnologias que ameaçam sua profissão.
Além das inovações da IA, a Academia introduziu outra regra importante: agora os membros do júri só poderão votar na rodada final se tiverem assistido a todos os filmes da categoria correspondente. No entanto, como enfatiza o The New York Times, esse princípio funciona com base na confiança, e os participantes só precisam confirmar de forma independente o fato de assistirem, sem evidências adicionais.
Especialistas dizem que as mudanças refletem a tentativa do Oscar de se adaptar a uma indústria cinematográfica em rápida mudança, onde a tecnologia desempenha um papel cada vez mais importante. Ao mesmo tempo, a Academia deixa claro que o homem deve continuar sendo o principal criador.
