A Microsoft registrou uma patente para uma nova tecnologia que usa rastreamento ocular para proteger as informações da tela do computador de olhares indiscretos em locais públicos. Desta forma, a empresa pretende proporcionar aos utilizadores um nível inovador de privacidade.
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A Microsoft apresentou uma solução interessante para proteger a privacidade dos utilizadores. De acordo com uma patente recentemente publicada, a gigante da tecnologia está desenvolvendo um sistema que usaria rastreamento ocular para mascarar partes da tela que o usuário não está olhando no momento, relata a ExtremeTech.
A nova tecnologia destina-se ao uso em locais públicos onde existe o risco de “hacking visual”, ou seja, visualização não autorizada de informações confidenciais por pessoas não autorizadas. O sistema irá desfocar ou criptografar automaticamente as áreas da tela que estão fora do foco do usuário.
Ao contrário dos métodos atuais, como filmes de privacidade física ou softwares que simplesmente escurecem toda a tela, exceto uma pequena área, a tecnologia da Microsoft promete uma experiência mais natural no dispositivo. A patente descreve “métodos de previsão do olhar” que irão prever para onde o usuário olhará em seguida, abrindo gradualmente as partes correspondentes da tela.
«Em um leitor típico, o cérebro usa informações periféricas durante a leitura para antecipar a estrutura de frases e parágrafos, mantendo a velocidade natural de leitura”, afirma a patente. Ou seja, durante a leitura, a pessoa não foca apenas em palavras ou símbolos específicos para os quais seu olhar se dirige, mas também processa informações que estão localizadas em torno desse ponto de foco. Isso inclui palavras e símbolos que estão à esquerda e à direita do atual foco de atenção, bem como acima e abaixo.
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Essas informações ajudam nosso cérebro a antecipar como as frases e parágrafos serão construídos, permitindo-nos manter uma velocidade de leitura natural e fluida. O novo sistema foi concebido para preservar este processo, ao contrário das soluções existentes que podem tornar a leitura desconfortável e menos eficiente.
Embora ainda não se saiba se esta tecnologia se tornará um produto real, ela representa uma alternativa potencialmente superior aos métodos existentes para proteger a privacidade da tela. No entanto, vale a pena notar que a ameaça real de “hacking visual” pode ser um tanto exagerada.
A pesquisa que documenta a gravidade deste problema foi amplamente patrocinada por fabricantes de filtros físicos de privacidade. Por exemplo, a empresa 3M, que produz e vende esses filmes colados no monitor. No entanto, para usuários particularmente preocupados com a privacidade ou com o tratamento de dados confidenciais, a tecnologia da Microsoft pode ser útil.