As autoridades chinesas exigiram que as empresas de Internet monitorizassem o conteúdo dos utilizadores e removessem informações que possam constituir segredos de Estado, bem como transferissem informações para agências de segurança do Estado. As alterações à Lei dos Segredos Oficiais de 2010 foram aprovadas hoje, impondo responsabilidades adicionais às empresas de Internet e de redes sociais na China, informa o Nikkei Asia.

Agora, Tencent, Weibo, Douyin e outros gigantes de TI do Reino Médio terão que monitorar cuidadosamente o conteúdo do usuário e excluir qualquer informação que possa conter informações secretas. Além disso, terão de prestar total cooperação às agências governamentais que investigam tais incidentes.

Os especialistas observam que as inovações se destinam principalmente a grandes empresas de TI e redes sociais que acumulam enormes quantidades de dados sobre os cidadãos chineses. Ao mesmo tempo, a quantidade de informações que se enquadram na categoria de segredos de Estado será determinada exclusivamente por órgãos governamentais, sem coordenação com outros departamentos, como acontecia anteriormente.

Estas não são as primeiras alterações à legislação chinesa destinadas a reforçar os controlos e a combater a espionagem sob Xi Jinping. No ano passado, o próprio termo “espionagem” foi ampliado e buscas em gadgets foram permitidas em caso de qualquer suspeita. Uma notória lei de segurança nacional também entrou em vigor em Março, proibindo uma vasta gama de “crimes” que vão desde a subversão à crítica às autoridades.

Ao mesmo tempo, o Ministro da Segurança do Estado tem repetidamente sublinhado que a luta contra a espionagem e a protecção dos segredos de Estado é uma prioridade absoluta do actual curso político, e as autoridades procuram estabelecer um controlo rigoroso sobre qualquer informação que possa prejudicar os interesses nacionais. segurança ou a autoridade do Partido Comunista da China.

As alterações à lei também estimulam o desenvolvimento de tecnologias especiais para proteger dados confidenciais e estabelecem restrições para certas categorias de ex-funcionários após deixarem o serviço governamental.

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