A Microsoft corrigiu uma imprecisão no Gerenciador de Tarefas do Windows 11 relacionada ao cálculo da carga da unidade central de processamento (CPU). Anteriormente, o utilitário determinava esse indicador com base na frequência de clock base do processador, ignorando alterações dinâmicas, como overclocking e underclocking. Isso resultou em uma subestimação do indicador de carga total e, ao somar manualmente o uso de recursos da CPU de aplicativos individuais, resultou em resultados acima de 100%. O Windows 11 Insider Preview Build 26120.3360 corrige esse problema alinhando os cálculos com os padrões do setor.

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Anteriormente, o Gerenciador de Tarefas exibia a carga da CPU com base na velocidade do clock base, em vez da velocidade operacional real ou com overclock. Esse método de cálculo resultou em leituras incorretas: a carga da CPU poderia ser exibida abaixo do valor real, já que o utilitário não levou em consideração as mudanças dinâmicas de frequência. Como resultado, quando os recursos da CPU eram totalmente utilizados na guia Detalhes, o valor total de uso da CPU podia exceder 100% ao somar manualmente os valores de uso do processo. Essa discrepância muitas vezes gerava confusão entre os usuários. A Microsoft observou no blog oficial do Windows que a correção elimina discrepâncias com dados de utilitários de monitoramento de terceiros, como o Process Explorer.
O problema foi agravado pelas peculiaridades da apresentação gráfica dos dados no Gerenciador de Tarefas. A aba Desempenho limitou o gráfico de uso da CPU a 100%, embora o processador estivesse, na verdade, funcionando em uma velocidade de clock maior. Isso significava que, ao fazer overclock ou realizar cálculos intensivos, a carga real poderia exceder esse limite, mas o Gerenciador de Tarefas não mostrava isso. A situação ficou ainda mais complicada quando se fazia underclock (redução manual da frequência da CPU): mesmo que o processador atingisse seu desempenho máximo dentro da frequência definida, a ferramenta não apresentava 100% de carga.

Apesar do impacto significativo na precisão do monitoramento, a Microsoft não corrigiu esse bug por um longo tempo. O principal motivo é que a maioria dos usuários do Windows não percebeu essas discrepâncias. Aqueles que levavam a sério o monitoramento da carga da CPU preferiam usar utilitários de terceiros, como o Process Explorer ou o HWMonitor, que forneciam dados mais precisos. No entanto, com a introdução de um novo método de cálculo, o Gerenciador de Tarefas passou a ser capaz de exibir o nível correto de carga do processador, o que reduz a necessidade de usar utilitários de terceiros.
Esta atualização é especialmente útil para usuários que utilizam tecnologias de overclock automático do processador, como Intel Turbo Boost e AMD Precision Boost. A Microsoft também manteve o método antigo de cálculo do uso da CPU para compatibilidade com versões anteriores, mas esse parâmetro agora será chamado de utilitário da CPU. Isso permitirá que programas que antes dependiam do sistema de computação legado funcionem corretamente sem precisar se adaptar ao novo algoritmo.

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A correção no Gerenciador de Tarefas faz parte de uma estratégia mais ampla da Microsoft para melhorar a precisão dos utilitários do sistema. Em maio de 2024, a empresa atualizou a maneira como exibe as velocidades de clock da RAM, substituindo megahertz (MHz) por megatransações por segundo (MT/s), que é uma unidade de medida tecnicamente mais correta. Embora essas mudanças não tenham um impacto significativo na experiência diária do usuário, elas são importantes para entusiastas que monitoram o desempenho de seus sistemas.
