Em 4 de abril de 2025, a sonda Juno da NASA entrou em modo de segurança duas vezes, no qual todos os instrumentos científicos cessaram a operação. Neste dia, Juno fez sua 71ª aproximação do gigante gasoso. Júpiter é cercado por poderosos cinturões de radiação, então o desligamento de componentes eletrônicos sob sua influência é um evento esperado. Após se afastar do planeta, Juno retornou à operação normal e está pronta para outra aproximação de Júpiter em 7 de maio.
Impressão artística da sonda Juno da NASA com Júpiter ao fundo. Fonte da imagem: NASA
Durante seu tempo no sistema de Júpiter, Juno entrou em modo de segurança quatro vezes. Isso aconteceu pela primeira vez em julho de 2016, durante a segunda aproximação do planeta. A segunda vez que a eletrônica falhou foi em 2022, durante a 39ª aproximação. E finalmente, em 4 de abril de 2025, o comando de transição do modo de segurança foi acionado mais duas vezes: uma hora antes da aproximação mais próxima de Júpiter e 45 minutos depois de passar pelo ponto de aproximação mais próxima.
Em todos os quatro casos, os componentes eletrônicos da Juno funcionaram conforme o esperado. O equipamento científico foi desligado automaticamente, e a antena de comunicação foi apontada para a Terra para estabelecer o canal mais confiável com o centro de controle. Ao mesmo tempo, o dispositivo começou a verificar seus próprios subsistemas de energia e controle.
A equipe de operações da missão restaurou a transmissão de dados de alta velocidade da Juno, e a espaçonave está atualmente realizando diagnósticos de seu software de voo. Nos próximos dias, a equipe estará ocupada transmitindo dados científicos e de engenharia coletados antes e depois da transição da sonda para o modo de segurança para a Terra.
Imagem infravermelha do polo sul de Io enquanto a sonda Juno da NASA sobrevoava em 27 de dezembro de 2024.
Durante sua aproximação a Júpiter em 7 de maio, a sonda também passará relativamente perto de Io, a lua vulcanicamente ativa de Júpiter. O sobrevoo ocorrerá a uma altitude de 89 mil km. Como Io está sempre cheia de surpresas — é o corpo celeste mais vulcanicamente ativo do sistema solar — a sonda poderá fazer observações valiosas que também não passarão despercebidas.