Os constituintes da água da atmosfera da Terra caem regularmente na Lua como “chuva”

De acordo com novos cálculos feitos por cientistas, a Terra poderia dar uma contribuição maior para o balanço hídrico da lua do que se pensava anteriormente. Um estudo realizado por cientistas da Universidade do Alasca Fairbanks mostrou que íons de hidrogênio e oxigênio da atmosfera da Terra caem intensamente na superfície da Lua em uma “chuva” que dura cerca de cinco dias por mês. De acordo com as estimativas mais conservadoras, 3.500 quilômetros cúbicos de água se moveram da Terra para a Lua durante todo o processo.

Fonte da imagem: Gunther Kletetschka

A água é encontrada em todos os lugares da Lua, tanto na forma de gelo nos pólos quanto nas rochas no resto da superfície. A água poderia chegar à Lua de várias maneiras: trazida pelo vento solar na forma dos mesmos íons de hidrogênio e oxigênio, com cometas e asteróides, diretamente no momento da formação da Lua durante a colisão de um mega-asteróide com a Terra, e também devido ao fluxo de íons de hidrogênio e oxigênio da atmosfera da Terra. Cientistas da Universidade do Alasca Fairbanks propuseram outro mecanismo para transferir água da Terra para a Lua.

As linhas da magnetosfera ao redor da Terra, ao longo das quais fluxos de íons fluem de sua atmosfera, formam a forma de uma gota com uma protuberância arredondada ao longo da frente do movimento do planeta e uma cauda atrás. Aproximadamente a cada cinco dias, uma vez por mês, a Lua está na zona da cauda magnética, onde as linhas magnéticas se entrelaçam e se fecham na Lua quando ela está lá. Nesses momentos, a Lua, por assim dizer, está sob a chuva do fluxo reverso de íons de hidrogênio e oxigênio. O acúmulo de partículas carregadas é especialmente forte na região dos pólos da Lua, onde elas têm todas as chances de cair em sua superfície. Se levarmos em conta que apenas 1% dos íons que caem ao longo das linhas da magnetosfera cairão na Lua, então, em bilhões de anos, isso equivalerá a um volume impressionante de 3.500 km3.

Os cientistas relataram seu estudo em um artigo na revista Scientific Reports. O artigo está disponível gratuitamente no link.

avalanche

Postagens recentes

Em 2025, os deepfakes se tornarão quase indistinguíveis da realidade, e a situação só tende a piorar.

Até 2025, a qualidade dos deepfakes — mídias criadas usando inteligência artificial — havia melhorado…

1 hora atrás

O Sol registrou sua erupção solar mais poderosa desde o início de dezembro, mas não haverá auroras na véspera de Ano Novo.

Na madrugada de 27 de dezembro de 2025, horário de Moscou, uma poderosa erupção solar…

1 hora atrás

A Fujifilm apresenta os cartuchos LTO Ultrium 10 com capacidade de 100 TB.

A Fujifilm anunciou cartuchos de fita LTO Ultrium 10 (LTO-10) com capacidade bruta de 40…

2 horas atrás

A estratégia europeia para o setor de semicondutores fracassou: os investimentos estagnaram e a dependência aumentou.

A União Europeia esperava reduzir sua dependência dos EUA e da China em relação aos…

3 horas atrás