O primeiro usuário do implante cerebral Neuralink falou sobre a vida com um chip na cabeça

Noland Arbaugh, um americano de 29 anos que foi o primeiro a receber um implante cerebral Neuralink, contou à RIA Novosti como vive com este dispositivo na cabeça. O voluntário utiliza a tecnologia dez horas por dia e não sente cansaço.

Fonte da imagem: neuralink.com

Dez horas de trabalho com o implante Neuralink por dia não é o limite, disse Noland: um dia, quando não conseguia dormir, ligou o aparelho às duas da manhã e usou-o por 17 horas seguidas – ele brincou e carreguei duas vezes usando uma estação sem fio. Porém, com mais frequência, ele usa o implante cerca de dez horas por dia, quatro das quais são gastas colaborando com os desenvolvedores do Neuralink. Porém, as seis horas restantes também beneficiam a pesquisa.

«Trabalhamos quatro horas de segunda a sexta – são sessões estruturadas com Neuralink durante as quais realizamos pesquisas”, diz Arbaugh.

Sete anos atrás, Arbo sobreviveu a um acidente, sofreu danos na medula espinhal e ficou paralisado, e em janeiro de 2024 ele se tornou o primeiro voluntário a receber um implante Neuralink – ele transmite comandos do cérebro para um computador sem fio. Para dar um comando, Noland imagina o movimento que deseja fazer – o dispositivo recebe sinais cerebrais e os traduz em comandos, além de aprender. Em algum momento, trabalhar com o aparelho atingiu um novo patamar: se antes o usuário tentava fazer um movimento para que o cursor o repetisse, agora ele simplesmente pensa que deveria se mover, e o cursor lhe obedece. “Não tento mais fazer o movimento em si para que o cursor se mova, só penso em fazê-lo se mover, e ele se move”, diz a cobaia.

Arbo também compartilhou sua opinião de que muitos dos eletrodos do dispositivo Neuralink em sua cabeça mudaram e pararam de captar sinais durante o uso. Apesar das dificuldades iniciais com os eletrodos se afastando do cérebro, Arbaugh viu um progresso significativo desde a reconfiguração do dispositivo. Segundo o sujeito, embora apenas cerca de 15% dos eletrodos estejam funcionando atualmente, a eficácia do implante aumentou acentuadamente em comparação com o que era no início. “Agora sou capaz de muito mais do que no início do experimento. Isso simplesmente explode o telhado”, enfatizou.

O entusiasmo de Arbo se estende ao futuro da tecnologia. Ele sugere que se outros participantes do experimento conseguirem a ativação total ou quase completa dos eletrodos, isso poderá abrir possibilidades completamente novas. No geral, Arbaugh permanece otimista e encorajado pelos resultados do experimento, enfatizando que mesmo com as limitações atuais, a tecnologia mostra um potencial impressionante.

O proprietário da Neuralink, Elon Musk, expressou recentemente esperança de que o desenvolvimento da tecnologia não pare por aí e que, no futuro, as pessoas com implantes atuem de forma ainda “mais eficiente do que as pessoas comuns”. Um segundo voluntário receberá o dispositivo nas próximas semanas.

avalanche

Postagens recentes

O Telegram parou de superaquecer e esgotar rapidamente o iPhone, mas a atualização quebrou “Stories”

A administração do serviço de mensagens instantâneas Telegram lançou uma atualização urgente para o aplicativo…

15 minutos atrás

A TSMC lançou a produção em massa de chips rotulados como “Made in Japan”

A história do surgimento da primeira empresa TSMC no Japão foi única à sua maneira.…

25 minutos atrás

Instagram e Facebook ficarão repletos de usuários gerados por IA

Meta✴ pretende encher as redes sociais com personagens criados com inteligência artificial nos próximos anos.…

35 minutos atrás

O veículo lançador chinês Kinetica-1 encerrou seu último vôo com autodestruição

A empresa aeroespacial chinesa CAS Space, uma subsidiária da Academia Chinesa de Ciências (CAS), conduziu…

2 horas atrás

Xiaomi construirá seu próprio supercomputador de IA com 10.000 GPUs

A Xiaomi já possui infraestrutura computacional própria para criação de sistemas de inteligência artificial e…

2 horas atrás