Olhando para o espaço infinito, é difícil acreditar que não haja ninguém ali. Mas por sessenta anos, os radiotelescópios terrestres vasculharam o Universo em busca de sinais extraterrestres, e essas buscas não produziram nenhum resultado. Os estatísticos deram sua resposta ao enigma de por que, com todo o esforço despendido, não detectamos sinais alienígenas.
O estudo foi conduzido por cientistas do laboratório de biofísica estatística da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça. Eles tomaram como base o modelo de estudo estatístico de materiais esponjosos porosos. A condição básica para resolver o problema eram duas suposições: em primeiro lugar, a qualquer momento na Via Láctea deve haver pelo menos um sinal eletromagnético de origem tecnológica e, em segundo lugar, a Terra está na “zona de silêncio” há pelo menos 60 anos. Em outras palavras, durante esse tempo, nenhum sinal de rádio alienígena atingiu a Terra, e não apenas por algum motivo permaneceu sem ser detectado.
O cálculo do modelo estatístico é baseado no fato de que a Terra e os emissores de rádio alienígenas são colocados nos “poros” de uma esponja condicional. As distribuições de probabilidade otimista e pessimista são então plotadas. Na melhor das hipóteses, se considerarmos o encontro com a inteligência alienígena um sucesso, poderemos receber um sinal de rádio dos “estranhos” não antes de 60 anos. Na pior das hipóteses, o registro de um sinal artificial de origem alienígena terá que esperar pelo menos 2.000 anos.
Claro, a solução de um problema estatístico depende das condições iniciais. Se forem diferentes, o resultado também será diferente daquele obtido pelos cientistas. O ponto principal é a recomendação de manter a paciência e procurar sinais de razoabilidade nos sinais recebidos nos equipamentos padrão. Nesse sentido, o programa SETI pode ser considerado a solução ideal. Não há necessidade de gastar recursos em instrumentos apenas para procurar sinais alienígenas. Há informações suficientes no fluxo de dados científicos comuns para detectar até mesmo um sinal alienígena feito pelo homem, se ele chegar lá.
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