É altamente provável que os satélites gelados de Júpiter, e de Europa em particular, tenham oceanos subterrâneos profundos. Cada um desses pequenos corpos celestes pode conter muitas vezes mais água do que toda a Terra. É ainda mais interessante procurar sinais dessa água vindo à superfície em forma de gêiseres e através de fendas, para um dia penetrar sob o gelo dessas luas de Júpiter em busca de vida.
Há algum tempo, um grupo de cientistas publicou um artigo na revista JGR Planets no qual relataram a descoberta de sinais de atividade superficial na lua de Júpiter, Europa, ao comparar imagens de um dos locais tiradas em um intervalo de cerca de 20 anos ou mais. A primeira imagem foi obtida pela sonda Galileo da NASA, que estudou o sistema de Júpiter de 1993 a 2003, e a segunda foi obtida em 2022 por outra sonda da NASA, a Juno.
Os cientistas estavam interessados em comparar duas imagens de uma área de 37 x 67 km, que chamaram de “ornitorrinco”. Com alguma confiança, os investigadores disseram que, em alguns aspectos, o padrão da superfície na imagem superior da Juno difere do padrão na imagem inferior do Galileo.
Esta área da superfície de Europa pode se tornar um ponto de partida para a futura exploração das luas de Júpiter pela Europa Clipper da NASA e pela espaçonave JUICE da ESA. A estação JUICE já está a caminho do sistema de Júpiter e chegará lá em dezembro de 2031, e a estação Europa Clipper está programada para ir ao espaço em um foguete Falcon Heavy no dia 6 de outubro deste ano.