A tinta mais branca do mundo, criada por pesquisadores da Purdue University (EUA) e incluída no Guinness Book of Records, reflete a radiação tão bem que mantém as superfícies frescas e reduz a necessidade de ar condicionado. Agora ficou conhecido que os pesquisadores desenvolveram uma nova composição de tinta que pode ser aplicada em uma camada mais fina na superfície tratada e usada para remover o calor em carros, trens e aviões.

Fonte da imagem: Unsplash / Ern Low

A tinta mais branca do mundo original usava nanopartículas de sulfato de bário para refletir 98,1% da luz solar, mantendo as superfícies externas mais de 4,5°C mais frias que a temperatura ambiente. A invenção parece muito promissora, pois ao cobrir, por exemplo, o telhado de uma casa com essa tinta, é possível resfriar significativamente o interior e economizar no ar condicionado, o que significa reduzir as emissões nocivas para a atmosfera.

O problema era que, para atingir um alto nível de resfriamento radiativo abaixo da temperatura ambiente, era necessário aplicar uma camada de tinta de pelo menos 400 mícrons de espessura. Esta espessura é considerada normal quando se trata de edifícios, mas em casos com estruturas mais exigentes, a tinta deve ser mais fina e leve. Por isso, os pesquisadores criaram uma nova fórmula para a tinta mais branca, que ficou mais fina e leve.

A nova versão da tinta é capaz de refletir 97,9% da luz solar em uma espessura de filme de 150 mícrons. A tinta também possui vazios de ar, tornando-a muito porosa em nanoescala. A menor densidade proporciona redução de peso, o que também é um aspecto importante para uma aplicação prática adicional da tinta. Segundo relatos, a nova tinta pesa 80% menos que sua contraparte de sulfato de bário, mas tem quase a mesma refletância solar. Os pesquisadores planejam comercializar em breve a tinta mais branca do mundo.

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