A China criou a centrífuga mais potente do mundo para “comprimir” o espaço e o tempo.

Na China, a centrífuga mais potente do mundo, a CHIEF1900, foi concluída e entregue ao seu local de instalação na Universidade de Zhejiang em 22 de dezembro. A instalação será capaz de girar amostras de várias toneladas a uma incrível aceleração de 1900 g, por exemplo, acelerando um modelo de 1 tonelada a 1900 g. Isso reduzirá significativamente a duração e a escala dos testes de modelos e materiais, permitindo que os cientistas literalmente ultrapassem os limites das capacidades anteriores.

A centrífuga CHIEF1300 é a irmã mais nova da CHIEF1900. Fonte da imagem: CCTV

A unidade foi fabricada pelo Grupo de Energia Nuclear Elétrica de Xangai, cujos especialistas tiveram que criar soluções inéditas. A centrífuga será instalada a 15 metros de profundidade. Isso reduzirá o impacto do ruído externo e aumentará a segurança operacional. Em caso de acidente, os danos serão mínimos.

A China já havia quebrado o recorde mundial de centrífuga mais potente. Em setembro deste ano, a centrífuga CHIEF1300, com capacidade de 1.300 gt, foi inaugurada na Universidade de Zhejiang. Anteriormente, o recorde mundial pertencia a uma centrífuga com capacidade de 1.200 gt, operada pelo Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA em Vicksburg, Mississippi. Curiosamente, as centrífugas mais potentes geram uma força de 2 g durante o ciclo de centrifugação. A CHIEF1900 não apenas centrifugará suas roupas — ela as separará fio a fio.

Com a centrífuga CHIEF1900, os cientistas poderão, por assim dizer, comprimir o espaço e o tempo — realizando experimentos que seriam incomensuravelmente maiores e mais duradouros em condições reais. Por exemplo, uma barragem modelo de 3 metros de comprimento, acelerada a 100 g, replicaria as condições de operação de uma estrutura real de 300 metros de comprimento na superfície da Terra. Se estivermos falando de simulação de processos geológicos, um experimento de uma hora seria equivalente a milhares de anos em condições naturais.

Núcleo de centrífuga. Fonte da imagem: Xinhua

“Nosso objetivo é criar um ambiente experimental que abranja períodos de milissegundos a dezenas de milhares de anos, de escalas atômicas a [quilométricas] — sob condições normais ou extremas de temperatura e pressão”, explicam os cientistas. “Isso nos dá a oportunidade de descobrir fenômenos ou teorias completamente novas.”

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