Em setembro, ficou claro que o lado americano não se limitaria a ações judiciais apenas contra a Huawei Technologies e, portanto, a maior empresa chinesa prestadora de serviços de terceirização de componentes, a SMIC, também deve cair nas sanções. Mas os Estados Unidos também não se limitarão a isso. Os fabricantes chineses de memória começaram a ser mencionados no contexto de sanções recentemente, mas já está claro como as reivindicações dos EUA os afetarão.
O DigiTimes relatou esta semana que a americana Micron Technology levantou preocupações sobre a violação de patentes em curso pelo fabricante chinês de memória CnagXin Memory Technologies, também conhecido como CXMT. É óbvio que o fabricante americano buscará na Justiça impedir a produção de produtos CXMT que infrinjam suas patentes, ou exigirá indenização monetária.
A CXMT é uma empresa chinesa bastante jovem, fundada há apenas quatro anos. Sua formação foi facilitada pelo ex-CEO da SMIC, que trouxe muitos experientes engenheiros sul-coreanos para a China. Em geral, acredita-se que a CXMT se protegeu bem de futuras reivindicações legais ao adquirir um pacote de patentes da empresa alemã Qimonda, que faliu em 2009. Quais desenvolvimentos se tornaram o assunto de uma disputa com a Micron Technology ainda não foi especificado.
Deve-se destacar que a CXMT já detém 4% do mercado mundial de chips de RAM, e para um jogador jovem, principalmente chinês, este é um resultado muito bom. Agora, a empresa está lançando memória com tecnologia de 19 nm, mas até o final deste ano espera dominar a tecnologia de 17 nm. A memória CXMT já é usada por fabricantes chineses em eletrônicos de consumo e equipamentos industriais. É possível que tenha sido o rápido progresso do fabricante chinês de memórias que fez o lado americano buscar novas formas de contê-lo.