A escassez de memória no mercado de PCs já está assumindo formas bastante bizarras, embora não seja novidade. Analistas do Morgan Stanley calcularam que o aumento dos preços da memória forçará os fabricantes de PCs a sacrificar parte de seus lucros na tentativa de conter a alta dos preços de seus próprios produtos, mas esse efeito se manifestará em graus variados.

Fonte da imagem: Asustek Computer
De acordo com previsões recentes de especialistas, a Dell, devido à sua forte dependência do segmento de servidores, será mais afetada pelo aumento dos preços da memória do que a maioria dos concorrentes. Os chips de memória representam até 40% do custo de um servidor de alto desempenho. Para um servidor convencional, essa participação cai para 30%, portanto, se os preços da memória continuarem a subir, isso não será um bom presságio para a lucratividade da Dell.
No segmento de PCs, a memória representa de 15% a 20% do custo, portanto, os fabricantes desses produtos geralmente estão mais bem protegidos do impacto negativo do aumento dos preços. Nesse sentido, a HP Inc., a Asustek Computer e a Pegatron podem superar o mercado em termos de crescimento do preço das ações, de acordo com analistas do Morgan Stanley. Eles também acreditam que a Apple está entre as empresas mais bem protegidas da crise do mercado de memória. Em primeiro lugar, ela conseguiu acumular o estoque necessário de chips de memória. Em segundo lugar, possui contratos de longo prazo com a própria Kioxia, o que, em certa medida, garante o recebimento de determinados volumes de chips de memória mesmo em condições de escassez geral.
