O futebol é um jogo de ritmo acelerado, adequado para o treinamento de robôs, e as competições entre carros são espetaculares, por isso são realizadas desde a década de 1990, como a RoboCup. Robôs bípedes costumam participar dessas competições, mas no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) eles criaram um cão robótico DribbleBot e os ensinaram a jogar futebol.
O DribbleBot foi construído com vários ambientes em mente – ele é capaz de se mover por diferentes terrenos enquanto permanece estável na neve, areia, lama e grama. Graças a isso, o sistema tem a oportunidade de aprender futebol com um nível adicional de complexidade.
De acordo com pesquisadores do MIT, os desenvolvedores já simplificaram o problema considerando o drible em uma superfície plana e dura. Além disso, tratava-se apenas de corrida alternada e manipulação da bola. Graças aos recentes avanços tecnológicos, a equipe Improbable Artificial Intelligence Lab, parte do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial (CSAIL) focado em IA, criou um sistema mais complexo que permite correr e controlar a bola ao mesmo tempo.
O robô é realmente capaz de trabalhar na grama, areia, cascalho, lama e neve. A chave para o sucesso do aprendizado é a repetição repetida dos ciclos – onde um robô real executa uma passagem, seu gêmeo digital ao mesmo tempo faz 4.000 em paralelo no espaço virtual. Em última análise, estamos falando não apenas e nem tanto sobre o uso de um robô de quatro patas para jogar futebol. Os cientistas querem ensinar os robôs a andar em qualquer lugar.
Segundo um dos desenvolvedores, a maioria dos robôs modernos tem rodas. Mas, se imaginarmos o cenário de qualquer desastre, tais robôs têm um alcance muito limitado. Em caso de inundação ou terremoto, eles são quase inúteis, então a humanidade precisa de máquinas que possam trabalhar em várias condições, superando paisagens difíceis. No entanto, o DribbleBot tem suas limitações. Embora, a julgar pelo vídeo, o cão robô seja perfeitamente capaz de subir escadas, driblar a bola em ladeiras e degraus ainda é difícil para o DribbleBot.
Durante o desenvolvimento, não foi sem militares e outras estruturas. De acordo com o site do MIT, o estudo é apoiado pelo DARPA Machine Common Sense Program, pelo MIT-IBM Watson AI Lab, pelo National Science Foundation Institute for Artificial Intelligence and Fundamental Interactions, pelo US Air Force Research Laboratory e pela US Air Force. Acelerador de Inteligência Artificial.