As ações da Intel subiram depois que o The Information informou que a empresa havia fechado um acordo preliminar com a fabricante taiwanesa de semicondutores TSMC para formar uma joint venture. As partes chegaram a um acordo que pode mudar o equilíbrio de poder na indústria de semicondutores e se tornar uma salvação para a fabricante de chips americana em dificuldades.

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De acordo com a Bloomberg, a joint venture administrará as instalações de fabricação da Intel, com o lado americano mantendo uma participação majoritária. A estrutura incluirá pelo menos algumas fábricas da Intel nos Estados Unidos. As notícias positivas fizeram as ações da Intel subirem 8,7% na quinta-feira, revertendo uma queda de mais de 5% no início do dia.
A ideia de uma joint venture foi discutida pelas empresas já em fevereiro a pedido do governo Donald Trump e era vista como uma forma de estabilizar as finanças da Intel, que nos últimos meses foi forçada a cortar milhares de empregos e frear planos de expansão da produção.
Se o projeto for adiante, será a primeira grande conquista do novo CEO da Intel, Lip-Bu Tan, que também prometeu na conferência Intel Vision 2025 em Las Vegas se concentrar em áreas principais e se desfazer de ativos não essenciais. Como parte das negociações da joint venture, a TSMC, por sua vez, discutiu a possibilidade de compartilhar algumas de suas tecnologias de fabricação com a Intel em troca de uma participação de 20% na nova empresa.
Mas alguns executivos da Intel temem que o acordo deixe de lado a tecnologia de fabricação de chips existente na empresa e leve a mais demissões. A empresa também acredita que a Intel é capaz de sair da crise sozinha. Representantes da Intel ainda não comentaram a situação. A TSMC também se recusou a comentar.
