Ekaterinburg Ural Federal University criou uma fibra óptica resistente a doses ultra-altas de radiação – para trabalho no espaço e ambientes agressivos

Pesquisadores da Universidade Federal de Ural (UrFU), localizada em Yekaterinburg, criaram uma fibra óptica capaz de operar em ambientes com níveis ultra-altos de radiação. Isso permite que ele seja usado tanto na eletrônica tradicional quanto no espaço, bem como em instalações nucleares.

Fonte da imagem: JJ Ying/unsplash.com

Segundo a RIA Novosti, tal fibra óptica terá grande demanda em projetos espaciais, pois pode ser usada para criar dispositivos com proteção contra fortes radiações cósmicas ionizantes. Além disso, a fibra óptica desenvolvida na Universidade Federal dos Urais também pode ser integrada a telescópios espaciais infravermelhos, o que permitirá substituir espelhos e lentes massivos – eles são capazes de receber e transmitir radiação de objetos espaciais. Ao mesmo tempo, os autores do desenvolvimento assumem que a vida útil de tal fibra óptica será maior do que a vida útil dos próprios telescópios.

É relatado que a fibra óptica é baseada em monocristais de brometo de prata e iodeto (AgBr–AgI). A modelagem computacional permitiu determinar as condições ideais para sua fabricação para a produção de fibras ópticas homogêneas operando na faixa do infravermelho. De acordo com a publicação, “a presença de ânions de iodo na rede cristalina do brometo de prata determinou a resistência adicional à foto e à radiação das fibras, expandiu o alcance de sua transmissão de radiação infravermelha”. A simulação computacional já recebeu confirmação experimental.

De acordo com Anastasia Yuzhakova, representante do laboratório de tecnologias de fibra e fotônica da Universidade Federal de Ural, “com base em monocristais do sistema AgBr-AgI, criamos fibras ópticas com a maior faixa de transmissão infravermelha hoje – de 3 a 25 mícrons. Nesse caso, a transparência das fibras chega a 70–75%, o que corresponde a valores teoricamente possíveis para cristais do sistema AgBr–AgI. Ao mesmo tempo, as perdas ópticas das fibras atingem valores extremamente baixos.”

Segundo os cientistas, no futuro, isso permitirá o uso de fibras não apenas em optoeletrônica convencional, mas também em condições de intensa radiação ionizante – em cirurgia a laser, medicina endoscópica e diagnóstica, e até mesmo na determinação da composição de resíduos da indústria nuclear e, claro, no espaço. Os resultados do trabalho já foram publicados na revista Optical materiais.

avalanche

Postagens recentes

Dez ex-funcionários da Samsung foram presos por roubo de tecnologia DRAM de 10nm para a China (3DNews)

As autoridades policiais sul-coreanas prenderam 10 ex-funcionários da Samsung acusados ​​de transferir tecnologia de produção…

3 horas atrás

O lançamento do ambicioso thriller de espionagem 007, First Light, dos criadores de Hitman, foi adiado para evitar decepcionar os jogadores.

Os desenvolvedores do estúdio dinamarquês IO Interactive (série Hitman) anunciaram o adiamento forçado do lançamento…

3 horas atrás

A Samsung apresentou o primeiro monitor do mundo com taxa de atualização de 1040Hz, além de um modelo 6K com 3D sem óculos.

A Samsung anunciou uma linha atualizada de monitores gamer Odyssey, com lançamento previsto para 2026.…

4 horas atrás

A Corsair “substituiu” um kit DDR5 de US$ 1.069 por placas RGB fictícias de US$ 35, em garantia.

Um usuário do Reddit chamado Loudenoughforme relatou que, após um reparo em garantia, a Corsair…

4 horas atrás