Uma investigação da ITV News revelou que um grande número de novos itens são destruídos todos os dias em um depósito da Amazon em Dunfermline, Reino Unido, de MacBooks e televisores a joias, livros e pacotes de máscaras médicas.
Durante a entrevista, o representante da divisão britânica da Amazon, John Boumphrey (John Boumphrey) disse que as mercadorias são destruídas “muito pouco”. A empresa argumentou ainda que nada é enviado para aterros, mas sim utilizado como matéria-prima para processamento ou produção de energia.
Existe também outro ponto de vista. Um ex-funcionário da Amazon afirma que existe um plano semanal para destruir cerca de 130.000 unidades de todos os tipos de mercadorias, metade das quais são novas e a outra metade é devolvida pelos clientes. Durante as semanas de pico, o número de mercadorias destruídas chega a 200.000. A abordagem da empresa para o descarte não é seletiva – secadores de cabelo, aspiradores de pó, laptops e tablets acabam no lixo, no dia seguinte – 20.000 máscaras médicas embaladas.
O canal de notícias conseguiu acessar as estatísticas. Foi apurado o número de bens destinados à distribuição para fins caritativos e à eliminação. Descobriu-se que em uma semana 124.000 mercadorias foram destruídas e apenas 28.000 foram enviadas para os necessitados.
O motivo é simples e bem conhecido. A Amazon não só vende seus próprios produtos, mas também é uma plataforma para muitos vendedores que têm a oportunidade de armazenar seus produtos nos depósitos da empresa. Quanto mais tempo um produto é armazenado, mais caro é armazená-lo. Finalmente, em certo ponto, torna-se mais barato desistir para a destruição do que armazená-lo.
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson (Boris Johnson) e seus assessores já prometeram conduzir uma investigação detalhada sobre essa prática insustentável.