Uma referência às estatísticas da Jon Peddie Research, que afirmam que a participação da AMD no mercado de placas de vídeo discretas caiu para 6%, previsivelmente deixa os representantes da empresa nervosos. É por isso que eles preferem falar sobre gerações promissoras de GPUs, que no futuro permitirão à AMD não apenas superar os aceleradores de computação da Nvidia em desempenho, mas também aumentar sua participação no mercado gráfico como um todo.

Fonte da imagem: AMD
Forrest Norrod, vice-presidente executivo e chefe da divisão de servidores da AMD, falou sobre os planos da empresa nessa área na conferência de tecnologia Goldman Sachs. Segundo ele, em cerca de um ano, a AMD espera lançar os aceleradores de computação Instinct MI450 no mercado de servidores, projetados para fornecer liderança em desempenho em todos os tipos relevantes de cargas de computação associadas à inteligência artificial.
Se os aceleradores Instinct MI300 se mostraram bem principalmente em inferência – cálculos associados à formação de inferências de redes neurais – as gerações subsequentes de aceleradores fortalecerão a posição da AMD em termos de modelos de linguagem de treinamento, tanto em hardware quanto em software. Segundo Norrod, esse processo culminará com o lançamento do Instinct MI450: “Acreditamos que alcançaremos a liderança em todas as categorias de cargas de computação, seja inferência ou treinamento.”
Conforme observado pelo representante da empresa, a AMD, ao preparar os aceleradores Instinct MI450, espera alcançar o mesmo efeito que obteve com o lançamento dos processadores centrais EPYC de terceira geração, que posteriormente determinaram a liderança da empresa no mercado de servidores em termos de desempenho. A AMD acredita que a família Instinct MI450 será a melhor solução do mercado em treinamento, inferência, sua versão distribuída e aprendizado por reforço. Caracteristicamente, a empresa pretende comparar o Instinct MI450 com as soluções mais relevantes da concorrente na época, que pertencerão à geração Nvidia Rubin. Ambas, segundo Norrod, devem entrar no mercado aproximadamente ao mesmo tempo.
Considerando queNo futuro, a AMD usará a arquitetura UDNA unificada para produzir GPUs nos segmentos de servidores e jogos, e uma “vingança” na primeira direção ajudará a empresa a fortalecer sua posição na segunda. De acordo com Norrod, a AMD espera conquistar uma “participação significativa” no mercado de placas de vídeo. Ele define esse conceito como mais de 20%. Considerando que terá que começar com os notórios 6% (de acordo com a Jon Peddie Research), mesmo ultrapassar a marca dos 20% será uma conquista significativa para a AMD. De uma forma ou de outra, mesmo com esse nível de sucesso, a empresa não se limitará a isso e continuará a crescer.
