Em 1965, o cofundador da Intel, Gordon Moore, previu em uma publicação do setor que a indústria de semicondutores poderia dobrar o número de transistores em um chip de tamanho fixo a cada dois anos. Essa regra completa 60 anos este ano, e os fabricantes de chips não vão desistir dela.

Fonte da imagem: ASML
A ASML, uma empresa que fornece equipamentos de litografia para fabricantes de componentes semicondutores, comemorou o aniversário dessa regra prática em seu canal do YouTube publicando um trecho de uma entrevista arquivada com o próprio Gordon Moore, que faleceu há alguns anos.
No vídeo, ele relembra as circunstâncias em que a lei que leva seu nome foi formulada em 1965. Moore começou a observar a dinâmica do aumento do número de transistores em componentes semicondutores em 1959 e, para seu artigo no periódico, formulou a hipótese de que, no período de 1965 a 1975, o número de transistores na estrutura dos chips dobraria a cada dois anos sem um aumento significativo no custo. A última condição é importante, pois determina a base econômica para o desenvolvimento da indústria de semicondutores.
Como Moore observou, em 1975 ele comparou o histórico de desenvolvimento da indústria com sua previsão e ficou muito surpreso com o quão precisa ela se mostrou. Essa inferência observacional, diz ele, milagrosamente começou a determinar o ritmo de desenvolvimento da indústria de semicondutores. Os equipamentos litográficos desempenham um papel muito importante nesse processo, pois permitem reduzir o tamanho dos elementos semicondutores, empurrando cada vez mais as barreiras físicas à miniaturização. No final da entrevista, Gordon Moore agradece à ASML por esse progresso e deseja boa sorte à empresa.
