A construção tradicional de edifícios e estruturas de concreto armado é acompanhada por emissões significativas de dióxido de carbono. Isso é o principal culpado pela produção intensiva de energia de aço (reforço) e cimento. Cientistas de Zurique propuseram uma maneira de imprimir estruturas de concreto usando uma impressora 3D sem reforço e com a quantidade mínima necessária de cimento.
Como demonstração da tecnologia, engenheiros do Block Research Group da ETH Zurich fizeram parceria com a Zaha Hadid Architects para projetar e imprimir uma ponte de pedestres para um bairro de Veneza. Na fabricação dos blocos da futura ponte, não foi utilizada armadura. Para dar força, a impressão de cada um dos blocos foi realizada de forma que durante a montagem a carga fosse uniformemente distribuída pela estrutura da ponte, o que foi auxiliado pelo desenho digital.
Um cálculo preciso ajudou não só a aumentar a resistência mecânica da estrutura, mas também possibilitou a utilização da quantidade mínima necessária de concreto na fabricação dos blocos. Assim, cada bloco foi iluminado ao máximo sem perder a força. Esta abordagem proporcionará uma economia significativa de concreto e possibilitará o abandono do uso de armadura, o que amenizará a pressão sobre o meio ambiente pelas indústrias de construção e siderurgia.
Na montagem da ponte, a argamassa de cimento também foi abandonada – também uma vantagem para iniciativas verdes. Além disso, sem argamassa, a ponte pode ser desmontada e remontada em outro lugar, ou mesmo retrabalhada quando não for mais necessária.