A Malásia anunciou seu próprio acelerador de IA de 7 nm, o SkyeChip MARS1000, segundo a Bloomberg. O novo chip é o primeiro acelerador do país para computação de IA de ponta. De acordo com a Associação da Indústria de Semicondutores da Malásia, o componente será usado em dispositivos que vão de carros a robôs.
O chip para computação de IA de ponta é muito mais fraco do que as soluções de ponta de empresas como a NVIDIA, que estão por trás do trabalho de IA em data centers, treinamento de grandes modelos de IA, etc. No entanto, este é um passo fundamental para a criação de tecnologias avançadas na área relevante. Ainda não há informações sobre onde exatamente o acelerador será fabricado.
A Malásia há muito busca se tornar um player mais significativo na cadeia global de suprimentos de semicondutores, beneficiando-se do boom da IA. O país é, há muito tempo, um player importante no setor de encapsulamento de chips e um polo de fabricação para muitos fornecedores de equipamentos de TI. O governo local estabeleceu uma meta de longo prazo para impulsionar o design de chips, a fabricação de wafers e a construção de data centers. O governo prometeu investir pelo menos RM 25 bilhões (US$ 6 bilhões) para aumentar a importância da Malásia na “cadeia de valor” global.
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A Malásia também busca se tornar um polo regional de TI em meio à escassez de capacidade e espaço na vizinha Singapura. No entanto, os esforços são dificultados pela posição da liderança dos EUA, que propôs limitar o fornecimento de semicondutores de IA para a Malásia e a Tailândia, suspeitando que contrabandistas usarão esses países como pontos de trânsito para revender aceleradores de IA para países sob sanções ocidentais, principalmente a China.
A Malásia tomou recentemente medidas para restringir as reexportações de aceleradores de IA que utilizam tecnologia americana, declarando que “não tolerará” que seu estado seja usado para comércio ilegal (da perspectiva dos EUA). Há pouco tempo, o país anunciou que a chinesa Huawei supostamente garantiria a criação de uma infraestrutura de IA soberana no país, mas a notícia foi logo desmentida pelo mais alto escalão, segundo especialistas, sob pressão dos Estados Unidos.