A Cerabyte está desenvolvendo unidades de cerâmica com capacidades de 100 PB ou mais, oferecendo taxas de transferência de dados de 2 GB/s com latência de acesso inferior a 10 segundos. A empresa anunciou recentemente sua intenção de tornar as unidades de arquivamento prontas até 2030, segundo o Blocks&Files.

No evento A3 Tech Live em Munique, a empresa anunciou uma solução que poderia substituir o armazenamento LTO. A empresa utiliza tecnologia que grava dados em cerâmica revestida de vidro usando pulsos de laser de femtossegundos. Os substratos de vidro são armazenados em cartuchos, e sistemas robóticos movem os cartuchos entre prateleiras de armazenamento e para estações de gravação e leitura, assim como em bibliotecas de fitas tradicionais.

Fonte da imagem: Cerabyte

A empresa está desenvolvendo em parceria e com apoio financeiro da Pure Storage, Western Digital e In-Q-Tel. O Conselho Europeu de Inovação (EIC) também está envolvido no projeto. A solução concorre com o Projeto Silica da Microsoft, que também envolve o uso de placas de vidro para registrar informações, além de Holomem, Piql, Archiflix e outros. No total, a Cerabyte arrecadou cerca de US$ 10 milhões em financiamento inicial e mais de US$ 4 milhões em subsídios. A empresa agora está trabalhando para captar recursos por meio de capital de risco em sua rodada Série A.

Fonte da imagem: Cerabyte

A Cerabyte afirma que sua tecnologia permite que os dados sejam armazenados por mais tempo e a um custo menor do que em fitas — mais de 100 anos, contra 7 a 15 anos. Além disso, a taxa de transferência de dados é de 1 a 2 GB/s, contra 1 GB/s para soluções em fita. O custo de armazenamento é de US$ 1/TB, contra US$ 2/TB para LTO. Por fim, de acordo com a empresa, as emissões globais de carbono do armazenamento de dados podem ser reduzidas de 2% das emissões mundiais atuais para 1,25% no futuro, substituindo fitas e outras soluções por produtos Cerabyte.

Fonte: Pesquisa de Mercado Furthur

Em 2025-2026, está previsto um sistema piloto com capacidade de 1 PB por rack, taxa de transferência de dados de 100 MB/s e latência de acesso de 90 s. Em 2029-2030, a tecnologia permitirá a colocação de mais de 100 PB em um único rack, com taxa de transferência de dados de 2 GB/s e latência de acesso a dados de 10 s. Ao longo desses cinco anos, o custo total de propriedade (TCO) de 1 PB cairá de US$ 7 a US$ 8 mil para US$ 6 a US$ 8 mil.

Fonte: Pesquisa de Mercado Furthur

A Cerabyte espera que os avanços na tecnologia laser no futuro permitam o uso de um feixe de íons de hélio para gravação, o que reduzirá o tamanho do bit de 300 nm para 3 nm até 2045. Como resultado, será possível criar racks com capacidade de 100 EB. É improvável que o LTO atinja tais valores. Além disso, mesmo com a introdução do LTO-10, as empresas já estão atrasadas em relação à capacidade de cartucho planejada.

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