As autoridades de investigação de Israel estão investigando o banco de dados de uma empresa de TI local, a NSO, famosa por desenvolver e vender o Pegasus, um spyware popular projetado para hackear iPhones e outros smartphones. A possibilidade de hackear os dispositivos de vários cidadãos israelenses, incluindo políticos importantes, está sendo estudada.
A NSO, que nega qualquer uso criminoso de seu software, disse repetidamente que só vendeu o software para organizações governamentais para combater o terrorismo e o crime organizado. Ao mesmo tempo, meios de comunicação locais e mundiais acusam a empresa de ilegibilidade na escolha de clientes, pelo que as autoridades de alguns países poderiam monitorar ilegalmente jornalistas, políticos e ativistas de direitos humanos. Em particular, o FBI admitiu recentemente usar a “versão de teste”.
Em Israel, o jornal Calcalist disse sem citar fontes que a polícia local usou o Pegasus sem mandado contra figuras públicas, incluindo o filho do ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (Benjamin Netanyahu) e dois confidentes do político.
Agora Netanyahu está sendo julgado por três episódios de corrupção, embora o próprio político não admita culpa. A publicação no Calcalist levou a que o tribunal fosse obrigado a cancelar a reunião para que a investigação pudesse responder a pedidos de defesa sobre se existiam provas contra o político, cujas fontes eram fruto de hacking eletrónico ilegal.
No entanto, o Departamento de Justiça já disse que uma investigação interna não revelou ações sem mandado contra ninguém. Sabe-se que mais de 1.500 números foram testados. Netanyahu, agora liderando a oposição, exigiu uma investigação externa independente sobre o uso do software Pegasus.
Os órgãos de supervisão envolvidos no caso Netanyahu pediram ao tribunal até quarta-feira uma resposta mais completa, segundo o Departamento de Justiça, dizendo que os materiais devem primeiro ser desclassificados.