As tentativas do chanceler federal Olaf Scholz de consertar as relações com as autoridades chinesas não impedirão as autoridades alemãs de bloquear a venda dos negócios de fabricação de semicondutores da Elmos para investidores chineses, segundo o Financial Times. Autoridades alemãs podem anunciar isso hoje.
A própria Elmos, com sede em Dortmund, anunciou, segundo a fonte, que o Ministério Federal de Economia e Proteção Climática havia informado as partes envolvidas no processo de negociação de sua decisão de bloquear o negócio. A Silex Microsystems, empresa sueca controlada pelos investidores chineses Sai Microelectronics, foi a empresa que alegou comprar a Elmos na Alemanha, especializada no processamento de pastilhas de silício para a produção de componentes eletrônicos para uma ampla gama de finalidades.
O ministro da Economia, Robert Habeck, disse na terça-feira que a Alemanha deve desenvolver relações com a China, mas que os investimentos em setores críticos, como semicondutores, devem ser cuidadosamente avaliados. De acordo com o ministro, o possível negócio com a Elmos é exatamente um desses casos. Os representantes da Elmos ficaram surpresos com essa virada, porque até agora receberam sinais dos departamentos relevantes da Alemanha de que o negócio tem grande probabilidade de ser aprovado.
Os produtos Elmos são usados na indústria automotiva. O negócio com a Silex estava sendo preparado por negociadores desde o ano passado e deveria render aos vendedores 85 milhões de euros. Em 2015, a empresa chinesa NavTech adquiriu a sueca Silex e anunciou planos para construir uma instalação de US$ 300 milhões em Pequim que usaria tecnologia de parceiros suecos. Os defensores da venda da fábrica de Elmos na Alemanha argumentam que a produção não usa tecnologias avançadas ou secretas e é muito pequena em escala para afetar seriamente a economia do país ou sua segurança.