As emissões de carbono da Amazon aumentaram em 2024 pela primeira vez em três anos, como resultado da construção de um data center em larga escala, relata a Bloomberg. No entanto, a empresa é acusada de ocultar os volumes reais de emissões de seus data centers. O consumo de combustível pelos serviços de entrega também influenciou o crescimento das emissões.
No relatório anual de sustentabilidade da Amazon, a maior varejista online do mundo relatou um aumento de 6% nas emissões em relação ao ano anterior, totalizando 68,25 milhões de toneladas de CO2 equivalente (o valor de 2023 foi ajustado para 64,38 milhões de toneladas). Em 2019, a empresa se comprometeu a reduzir as emissões a zero até 2040, mas desde então elas cresceram em um terço. No entanto, ativistas também têm dúvidas sobre esses dados. Para efeito de comparação, as emissões do Google aumentaram 48% de 2019 a 2023, inclusive, e 1.515% nos últimos 14 anos, de acordo com a ONG Kairos Fellowship.
A Amazon, assim como seus concorrentes, está investindo pesadamente na construção e operação de data centers para aplicações de IA. Tudo isso exige muito concreto e aço, que consomem muita energia para serem produzidos. E os próprios data centers de IA exigem muita eletricidade. Em algumas regiões, as empresas de energia estão voltando a usar gás e carvão para gerar eletricidade, embora essas fontes de energia tenham perdido popularidade recentemente.
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Empresas de tecnologia prometeram encontrar fontes de energia mais limpas e minimizar as emissões de carbono. A Amazon, juntamente com a Alphabet (Google), a Meta✴ e a Microsoft, firmaram diversos acordos para usar energia nuclear sem carbono nos próximos anos. No geral, a Amazon, a Meta✴ e a Google foram apontadas como responsáveis por ajudar a triplicar a capacidade nuclear mundial até 2050. Entre as empresas de hiperescala, a Amazon foi a primeira a recorrer diretamente à energia nuclear para aquisição de energia.
Enquanto isso, as emissões da Amazon provenientes da compra de eletricidade em 2024 aumentaram 1% em relação ao ano anterior pela primeira vez desde que a empresa começou a divulgar os números em 2019. Isso se deve, em parte, ao aumento do consumo de eletricidade, afirma a Amazon em seu relatório, e é por isso que escalar a energia livre de carbono é tão importante. No ano passado, a Amazon se tornou novamente a maior compradora corporativa de energia renovável do mundo.