De acordo com um relatório da empresa de serviços imobiliários comerciais CBRE, apesar do crescimento constante na demanda por novos data centers, o crescimento do mercado é significativamente limitado. Segundo a Network World, isso se deve ao fato de que a construção está se desenvolvendo em um número limitado de regiões onde já não há eletricidade suficiente para novas instalações.
O tradicional recordista mundial é o norte da Virgínia, a capacidade total do data center na região é de 2.132 MW. O mercado cresceu aqui, tanto pela relativa proximidade das autoridades federais dos EUA, quanto porque é aqui que o cabo subaquático de Internet passa entre os EUA e a Europa, o que fornece ao data center baixa latência de transmissão de sinal. No entanto, a região está perdendo gradativamente sua atratividade, tanto pelas limitadas possibilidades de abastecimento de energia, quanto pela oposição ativa da população local, insatisfeita com o surgimento de inúmeros data centers.
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Uma das regiões mais populares da América do Norte é também a região de Dallas/Fort Worth, que possui 323,9 MW de capacidade em construção. No ano passado, a atividade dos locatários cresceu 850% em relação ao nível normal, e a reserva de capacidade total aumentou 17% em relação ao ano anterior. Como resultado, a região ultrapassou o Vale do Silício no mercado de data center de colocation, terminando em segundo lugar no ranking nacional dos EUA, atrás do norte da Virgínia.
A falta de energia também é típica de outras regiões de localização de data centers compactos – Cingapura, Frankfurt e Tóquio. Para complicar a situação estão as exigências dos reguladores para garantir a sustentabilidade de novos projetos e o uso de energia renovável, que é muito menos acessível do que a eletricidade convencional. Ao mesmo tempo, novos chips da Intel, AMD e NVIDIA consomem muita energia, agravando a crise.
A falta de centros de dados leva a uma escassez de capacidade para seus clientes. Segundo a CBRE, apenas até 2% da intensidade energética total do data center está disponível no mundo, o que, por sua vez, leva a preços mais altos. Por exemplo, em Cingapura, o aluguel de capacidades para 250-500 kW custa de $ 300 a $ 400, e na região “mais barata” – Chicago, você terá que pagar $ 115-125 pela mesma capacidade. Ao mesmo tempo, a disponibilidade de energia em Chicago é uma das melhores, no patamar de 6,7% (um ano antes estava no patamar de 8,2%).
A CBRE concluiu que o crescimento da procura é facilitado pelo desenvolvimento de tecnologias de IA. Entre outras coisas, isso contribui para a introdução de soluções inovadoras de data center que fornecem o poder necessário para os clientes que desejam executar tarefas com uso intensivo de recursos. Embora o relatório não mencione isso explicitamente, é muito provável que as inovações sejam principalmente em sistemas de refrigeração líquida, uma vez que as cargas de trabalho relacionadas à IA exigem resfriamento extremamente intensivo para manter o equipamento operacional – isso não pode ser fornecido por sistemas a ar.