A agência de notícias TASS, citando o serviço de imprensa do Parlamento Europeu, informou que duas importantes comissões parlamentares estão tentando bloquear o reconhecimento temporário da energia nuclear e do gás natural pela Comissão Europeia como fontes de energia limpa. Neste inverno, a Comissão Europeia lutou para aprovar a decisão de considerar temporariamente a energia nuclear e a gás “verde” – durante a transição para fontes renováveis até 2050. Mas agora algo deu errado novamente.
Na Europa, há um poderoso lobby “verde” liderado pela Alemanha, que fundamentalmente fecha usinas nucleares e não quer mais depender do gás natural. Logo após a proposta da CE de reconhecer temporariamente o átomo pacífico e o gás natural como “verdes”, um projeto de resolução apareceu para cancelar esse reconhecimento. Ontem, duas comissões do Parlamento Europeu votaram a favor desta resolução de “cancelamento” numa reunião conjunta: a Comissão dos Assuntos Económicos e Financeiros e a Comissão da Protecção do Ambiente. A segunda é compreensível, mas é surpreendente a resistência a medidas temporárias por parte do bloco económico do PE.
Todo o Parlamento Europeu votará esta resolução na sua sessão de Julho em Estrasburgo. Se a iniciativa for aprovada, bloqueará a proposta da Comissão Européia, anteriormente aprovada pelo Parlamento Europeu, de considerar o átomo e o gás como fontes de energia limpa durante a “transição verde”. Isso significa que os investimentos em projetos relacionados a essas fontes de energia serão proibidos e, no mínimo, não serão desenvolvidos. Não é difícil imaginar que isso será seguido por medidas radicais no campo das “transformações verdes”, já que praticamente não existem outras alternativas.
Segundo a Comissão Europeia, as fontes de energia renovável no balanço de consumo de energia da UE em 2020 totalizaram 11,8%, gás natural – 21,8%, petróleo e derivados – 35%. A eletricidade na estrutura do consumo de energia na UE ocupa 23,2%, enquanto em 2020 aproximadamente 30% de toda a eletricidade na UE foi gerada por centrais nucleares. Assim, na UE, em pouco tempo, é necessário encontrar um substituto para até metade dos transportadores de energia por “verdes”. O que orienta os funcionários financeiros da UE, só se pode adivinhar.
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