A Índia planeja se tornar um líder mundial não apenas em termos de área de usinas de energia solar, mas também um dos primeiros do mundo em termos de área de usinas solares flutuantes. Recentemente, o país assinou um acordo para criar a maior usina solar flutuante do mundo, com capacidade de 600 MW – esta é uma ordem de grandeza mais potente do que os sistemas criados até agora. Enormes campos solares na água fornecerão eletricidade e economizarão água da intensa evaporação, o que é importante para a vida durante uma seca.
Além disso, a colocação de painéis solares na água permite suavizar as flutuações diárias de temperatura dos painéis e equipamentos, o que aumenta sua vida útil. Além disso, a água resfria diretamente os painéis, assim como a brisa fresca usual acima dele, e essa é a maneira de manter os painéis com alta eficiência no processo de conversão de luz em eletricidade.
A implementação do novo projeto – Omkareshwar Floating Solar – ocorrerá em duas etapas. Na primeira fase, as empreiteiras AMP Energy, NHDC e SJVN irão comissionar três unidades de uma usina flutuante com capacidade total de 278 MW. Depois disso, a empresa gestora do projeto – Rewa Ultra Mega Solar Limited (RUMSL) – selecionará empreiteiros para a implementação da segunda fase, durante a qual serão comissionados mais de 300 MW de painéis.
A construção da usina flutuante está estimada em 30 bilhões de rúpias indianas, o equivalente a US$ 378,7 milhões.A usina será construída no reservatório de Omkareshwar, no estado de Madhya Pradesh, na Índia central.
Os operadores indianos têm uma rica experiência no gerenciamento de usinas solares flutuantes. No mês passado, por exemplo, a empresa indiana NTPC concluiu a instalação de painéis solares de 100 MW em um reservatório na cidade de Ramagundam, no estado de Telangana, no sul do país. A área da instalação flutuante era de 243 hectares. O volume de água evaporada diminuiu 70% ou 2 bilhões de m3 por ano. A mesma empresa já colocou em operação duas estações flutuantes em outras partes do país: uma com capacidade de 25 MW e outra com 92 MW.
Além das usinas de energia solar em lagos e reservatórios, a direção das usinas de energia solar flutuantes offshore está se desenvolvendo ativamente. Cingapura está liderando o caminho, embora outros países do Sudeste Asiático estejam tentando seguir o mesmo caminho. Há muito mar ao redor, embora as ondas compliquem a tarefa dos engenheiros.
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