Recentemente, o diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) da China anunciou que o maior parque de geração de energia renovável do mundo será construído na região do deserto de Gobi. A instalação, graças à energia solar e eólica, oferecerá uma capacidade instalada de 450 GW. Isso fará parte do plano da China de gerar até 1,2 TW de eletricidade verde por ano até 2030.
Hoje, a China domina a produção de energia a partir de fontes renováveis. No final de 2020, a capacidade instalada no país gera cerca de 895 GW, valor superior ao da União Europeia, Estados Unidos e Austrália juntos. Enquanto a “agenda verde” está sendo declarada em algum lugar, o Império Celestial a está implementando.
O novo projeto no deserto de Gobi adicionará cerca de meio terawatt de energia à capacidade existente. Cerca de 100 GW de nova capacidade já estão em construção. A fonte não especificou se estamos falando de geração eólica ou de obtenção de energia a partir da luz solar.
A China agora depende principalmente de eletricidade de usinas a carvão, embora a capacidade instalada de usinas solares e eólicas no total já tenha se aproximado de 43,5% da capacidade total instalada no país. Ao mesmo tempo, a instabilidade da geração a partir de fontes renováveis faz com que a participação da energia “verde” no balanço energético do país seja de apenas 26%. As usinas nucleares ajudarão a suavizar os saltos na produção. Lembre-se que a China pretende aumentar significativamente a frota de usinas nucleares. Nos próximos 15 anos, o país pretende construir ou iniciar a construção de até 150 novas usinas nucleares (unidades).