O ex-CEO da Intel, Patrick Gelsinger, assumiu o comando da Gloo, uma empresa de tecnologia que desenvolve inteligência artificial com uma abordagem religiosa. Gelsinger afirma que a missão de sua vida é desenvolver tecnologia capaz de “acelerar a segunda vinda de Cristo”.
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Gelsinger, que deixou a Intel no ano passado, assumiu a presidência executiva da empresa de tecnologia Gloo em março de 2025. De acordo com o Futurism, citando uma reportagem do The Guardian, a empresa tem como objetivo “promover valores cristãos no Vale do Silício e no Congresso dos EUA”.
Autodeclarado cristão renascido, ele é conhecido há tempos por sua postura pública em relação à religião. Gelsinger é autor de dois livros para o público cristão, publicados em 2003 (Balancing Your Family, Faith & Work) e 2008 (The Juggling Act: Bringing Balance to Your Faith, Family, and Work), e chegou a chamar o Vale do Silício de seu “campo missionário”. Gelsinger afirma que sua missão de vida é trabalhar em tecnologia que melhore a qualidade de vida de todas as pessoas do planeta e “acelere a volta de Cristo”.
A Gloo afirma atender a mais de 140.000 líderes religiosos, ministros e organizações sem fins lucrativos. Seu arsenal inclui um conjunto de ferramentas digitais, incluindo seu próprio modelo de linguagem, o Christian-Aligned Large Language Model (CALLM), também conhecido como Gloo Kingdom-Aligned Large Language Model (KALLM). Uma assinatura gratuita permite que líderes religiosos criem seus próprios assistentes de IA treinados com base em seus sermões e conteúdo.
Em um workshop recente organizado em conjunto pela Gloo e pela Colorado Christian University, Gelsinger chamou o advento da IA de “outro momento Gutenberg”, comparando seu potencial à invenção da prensa de tipos móveis pelo impressor alemão Johannes Gutenberg.Segundo Gelsinger, a igreja no século XVI usou a imprensa para transformarhumanidade, e hoje, ele está convencido, uma oportunidade semelhante está surgindo para “incorporar e expressar a religião por meio da tecnologia de inteligência artificial”.