Os Emirados Árabes Unidos se tornarão o primeiro país do mundo a usar IA para escrever novas leis, bem como revisar e alterar as existentes, relata o Financial Times.

Fonte da imagem: Steve Johnson/unsplash.com

A mídia estatal está chamando a iniciativa de “regulamentação impulsionada pela IA”. Outros países estão tentando usar a IA para melhorar a eficiência, usando a tecnologia para tarefas que vão desde resumir projetos de lei até melhorar a prestação de serviços públicos, mas não para propor ativamente mudanças em leis existentes por meio do processamento de dados governamentais e legais.

«”Este novo sistema legislativo baseado em IA mudará a forma como legislamos, tornando o processo mais rápido e preciso”, disse o Xeque Mohammad bin Rashid Al Maktoum, Governante de Dubai e Primeiro-Ministro e Vice-Presidente dos Emirados Árabes Unidos. Na semana passada, o país aprovou a criação de um novo gabinete, o Escritório de Inteligência Regulatória, para promover a IA na legislação.

Os Emirados Árabes Unidos planejam usar IA para rastrear o impacto da legislação na população e na economia do país. Para isso, será criado um banco de dados em larga escala que combina leis federais e locais com dados do setor público, como decisões judiciais e serviços governamentais.

A IA “sugerirá regularmente atualizações para nossa legislação”, diz o xeque Mohammad. Segundo estimativas do governo, a IA acelerará a legislação em 70%. No entanto, pesquisadores alertam para inúmeros problemas e armadilhas com a iniciativa, começando pelo fato de que a lógica da IA ​​pode não ser clara para os usuários e questionamentos sobre se a IA interpreta as leis da mesma forma que os humanos. Além disso, os modelos de IA “continuam alucinando e apresentando problemas de confiabilidade e robustez”, alertou Vincent Straub, pesquisador da Universidade de Oxford. “Não podemos confiar neles”, enfatizou.

No entanto, Straub observou que o que também é novo nos planos dos Emirados Árabes Unidos é que eles pretendem usar IA para prever mudanças nas leis que podem ser necessárias. Essa iniciativa também pode ajudar a economizar dinheiro nas taxas pagas aos escritórios de advocacia contratados para revisar a legislação, diz o analista.

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