Editoras do Reino Unido estão pressionando por uma opção para desativar as Visões Gerais de IA nos resultados de pesquisa do Google. Elas alegam que os resumos automatizados com tecnologia de IA estão custando tráfego de pesquisa e receita de publicidade aos seus sites, e que o Google está simplesmente usando o conteúdo de outras pessoas para aprimorar seu próprio produto — sem consentimento ou compensação.

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Conforme relatado pelo Android Authority, o The Guardian já havia levantado a questão dos riscos associados à introdução de inteligência artificial em mecanismos de busca. Agora, um grupo de publicações britânicas independentes, unidas na UK Independent Publishers Alliance, emitiu uma declaração oficial comparável à reclamação de seus colegas europeus, que em maio deste ano entraram com uma queixa antitruste semelhante, acusando o Google de usar seus materiais de forma indevida e prejudicar seus leitores.
O Google, por sua vez, observa que os resumos de IA não prejudicam, mas sim ajudam os editores. Em particular, a empresa afirma que os links desses resumos recebem mais cliques do que os resultados de busca comuns. No entanto, os editores citam estudos que mostram um aumento nos chamados cliques zero, quando um usuário obtém a resposta desejada diretamente de um resumo e não acessa o site de origem.
É importante ressaltar que o Google já oferece ferramentas para desativar outros projetos de IA, como Gemini e Vertex. Ainda não existe essa opção para relatórios de IA, portanto, as publicações não podem controlar como seus materiais são usados nos resultados de busca.
O Android Authority observa que o conflito entre gigantes da tecnologia e a mídia independente está ganhando força à medida que a IA é integrada às tecnologias de busca, e a solução para o problema afeta não apenas os interesses de empresas individuais, mas também o futuro de todo o espaço da mídia digital.
