A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) pretende implementar um projeto para coletar e distribuir energia solar do espaço para a Terra. Presume-se que, em curto prazo, essa abordagem fornecerá energia para bases militares localizadas em áreas remotas. Também é possível que a energia coletada desta forma seja usada para fins civis.
Imagem: YouTube
Atualmente, os militares dos Estados Unidos usam a entrega de combustível e outros materiais em comboios de caminhões com escoltas militares apropriadas para fornecer energia a bases de difícil acesso. Esses comboios são vulneráveis a ataques terrestres e aéreos. A implementação de um novo projeto, denominado Projeto de Demonstrações Incrementais e Pesquisa de Energia Solar Espacial, permitirá direcionar energia do espaço diretamente para bases remotas independentemente do terreno, clima, condições meteorológicas e outros fatores que, no cenário usual, poderiam interferir na entrega de combustível.
No momento, não se sabe muito sobre o projeto mencionado, mas recentemente o Laboratório de Pesquisa da Força Aérea publicou um vídeo no YouTube que descreve a ideia básica dos militares dos EUA. É importante notar que o AFRL também desenvolve e integra tecnologias avançadas de guerra para a Força Aérea e a Força Espacial dos Estados Unidos. “Manter um fornecimento de energia confiável para uma base operacional avançada é uma das partes mais perigosas das operações militares terrestres. Comboios e linhas de abastecimento são o principal alvo do inimigo ”, diz o vídeo.
O uso da energia solar terrestre é limitado por vários fatores, incluindo territoriais e climáticos. Se os painéis solares fossem implantados na órbita da Terra, os militares poderiam ter acesso livre e estável à energia necessária para alimentar as bases.
O problema está em encontrar uma tecnologia para transferir energia que será coletada no espaço. O plano do AFRL é converter a energia solar coletada em radiofrequências e então transmiti-la para a Terra, onde as antenas receptoras irão convertê-la em energia utilizável. Ainda não se sabe quanto tempo está previsto para implementar o projeto na prática.